Ahmed Waly, ex-vice-premier egípcio e atual presidente da Associação de Amizade Egito-China, disse, domingo(8), à Xinhua que a cúpula de Beijing, realizada em novembro de 2006, foi um passo importante para promover a cooperação sino-africana, que abrange muitos setores, incluindo agricultura e tecnologia.

Como um país africano e do Oriente Médio com grande influência, como um membro do Mercado Comum para Leste e Sul da África, e como uma porta de acesso para a África, o Egito precisa das tecnologias e perícia da China em seus esforços para se tornar um exemplo regional, manifestou Waly.

Por sua parte, Mohamed El Saket, ex-embaixador da Liga Árabe para a China, notou que a cúpula foi muito bem-sucedida, destacando o desejo mútuo da China e da África para fortalecer cooperação.

"Ambos os lados vêm realizando uma cooperação concertada", disse Saket, acrescentando que a China financiou muitos projetos relacionados ao desenvolvimento e bem-estar social, isentando algumas dívidas de países africanos e incentivando visitas mútuas entre as pessoas e intercâmbios em níveis oficiais e não-oficiais.

Sobre o desenvolvimento futuro da cooperação sino-africana, Abdel Ghaphar, membro do Conselho de Executivos da Sociedade Africana, disse à Xinhua que a cooperação sino-africana obteve avanços econômicos, mas as duas partes necessitam intensificar a cooperação.

Ghaphar acrescentou que a África não só precisa da ajuda, mas também investimentos e tecnologias da China, incluindo as tecnologias agrícolas, de comunicação e de satélite adequadas para a África.

Ghaphar acrescentou que as duas regiões apresentam uma alta complementaridade, já que África é rica em recursos naturais e a China é avançada em tecnologias. Por isso, a cooperação bilateral é mutuamente benéfica e pode alcançar um resultado de ganhos mútuos. Ele espera que os dois lados possam realizar maior cooperação o mais breve possível.