Caros senhores do Departamento de Português da Rádio Internacional da China,

Eis que seu amigo e monitor de Goiânia, Goiás, Brasil lhes escreve após tanto tempo. Primeiramente, gostaria de lhes pedir desculpas pela ausência de tantas semanas no envio de comentários acerca da programação, do áudio etc. Como sabem, minhas aulas na Universidade já retornaram há cerca de um mês e meio. Ademais, passei a ter aulas também no período noturno-segundas, quartas e quintas, o que me impede de ouvi-los nesses dias. Contudo, tento compensar os ouvindo pela Internet.

Como devem ter notado pelo título desse e-mail, tenho algumas novidades e, claro, comentários. Em primeiro lugar, agradeço-lhes, profundamente, pela indicação ao prêmio especial de viagem à China. Mesmo que o CRIPOR não seja contemplado com a vaga, já me sinto imensamente honrado e grato pela escolha, pelo carinho e pela constante atenção. Nossas relações de amizade são, amplamente, calcadas no respeito, no amor familiar, o que me enche de orgulho em tê-los como amigos. Em qualquer lugar onde eu for, todos que já me conheçam, pelo menos, possuem uma noção da CRI, o que me envaidece muito. Ser membro dessa família e ter sido agraciado por tantas indicações e prêmios só me enche de satisfação e ter a sensação de que minhas contribuições trilham o caminho correto.

Confesso, que no dia 04 de agosto passado, ao ouvir o programa da Florbela, meus olhos encheram de lágrimas, ao ser lembrado meu aniversário que seria no outro dia. Uma imensa felicidade me sobreveio, no momento em que Laura, com sua suave voz, dedicava-me uma canção e me desejava felicidades. Quero agradecer sinceramente a todos vocês pelos votos, em especial a Silvia, Flor e Laura. Naquele momento, W? shi gao xin!!!!!!!!!! Xie Xie!!!!!!!!

Aproveitando esse espaço, gostaria de lhes informar o recebimento dos CDs da Aula de Chinês, no último dia 11 de agosto. Muito obrigado!

Gostaria de fazer uma pequena resenha sobre o que a revista VEJA retratou em sua publicação de agosto em que deram destaque total à China em mais de 95 páginas. Eis a resenha:

Na edição de número 1968, do dia 09 de agosto de 2006, a revista VEJA estampava em sua capa: REPORTAGEM ESPECIAL ? CHINA. Uma equipe de VEJA foi ver como os chineses estão construindo seu império global.

Com esta capa, Mônica Weinberg ?editora?, Lauro Jardim ?editor-executivo?, Paulo Vitale ?editor de fotografia?, Antônio Ribeiro ?Correspondente em Paris? e Vilma Gryzinski ?editora-executiva? percorreram, por três semanas, a grande nação asiática.

Em 97 páginas ilustradas e repletas de informações, VEJA dedica 17 seções, quais sejam, Imagens; A reinvenção do Mundo; A novíssima China; Uma vitrine aberta; Revolução pelo saber; De olhos bem abertos; Retratos da China; A ordem é crescer; A simbiose com os EUA; O Brasil na festa chinesa; Estilo refinado; O sucesso do capitalista vermelho; Comunistas com cartão de crédito; Será que cabe mais gente?; Lindas e descoladas; A resistência do atraso, e; Ensaio: Roberto Pompeu de Toledo.

Na seção imagens têm-se as belíssimas fotos da Grande Muralha da China, dos Guerreiros de Terracota, das lutas do século XIX ? esta, contudo, representa o sofrimento do povo chinês ?, da cidade de Chongqing, plantações de arroz e, do sistema viário de Shanghai. Na segunda parte, reinvenção do Mundo, tem-se um completo infográfico comparativo entre a realidade do Brasil e da China.

Na terceira seção, o retrato da atualidade chinesa com a ocidentalização acentuada da juventude urbana e da riqueza como algo chique entre os adultos. Na quarta parte, os desejos dos melhores, mais arrojados e mais bem organizados e modernos Jogos Olímpicos da história. Como contraposto, a dura realidade dos atletas que convivem com a dor e árduas jornadas de treinamento com vistas a serem campeões. Ademais, fala da reeducação sanitária, como VEJA própria denomina.

Na quinta rubrica, evidencia-se a realidade impulsionadora que a educação causa ao país. Relata-se o instituto da meritocracia nas escolas e das pressões sobre os jovens para com os estudos. A seguir, mostram-se os efeitos dos contatos com o exterior e a influência ocidental da imagem na vida social chinesa, em que jovens senhoritas almejam traços e vestimentas à la ocidental.

Em Retratos de Sucesso, expõem-se, em imagens, a pujante sociedade ocidentalizada chinesa, com brasileiras causando furor na indústria da moda, além de outros brasileiros que estão na China a trabalho e suas histórias. Ademais de chineses em destaque, como a senhora Ma Xiuhong, vice-ministra do Comércio.

Império Instantâneo relata como o rápido e intenso crescimento econômico vêm transformando a realidade arquitetural chinesa, bem como o consumo e a migração interna. Na seção seguinte, destacam-se as relações sino-norte-americanas, em que empresas americanas invadem o mercado chinês, bem como retrata o desequilíbrio comercial entre os dois grandes sócios.

A próxima parte, descreve o sucesso das empreitadas brasileiras no disputado mercado oriental, seja com a EMBRAER, as indústrias de calçados ou restaurantes em Beijing.

Nas três seções seguintes, tem-se a realidade cultural, filosófica e político-econômica sendo descrita como uma nova era dentro do ex-Império do Meio. De doutrinas socialistas, do estilo arquitetônico do socialismo soviético à modernas estruturas contemporâneas, com a riqueza sendo algo positivo e o PCCh como agente facilitador da prosperidade econômica.

Nas duas próximas seções, a realidade mutante da juventude chinesa em que, indubitavelmente, o excesso de homens pode acarretar problemas e do novo papel da mulher nessa sociedade competitiva. Além do mais, tem-se a caracterização da geração de filho único e os dilemas que ela traz. Em contraste com essas realidades modernas, mutantes e ocidentais, a penúltima rubrica, reflete a realidade não alcançada pelo desenvolvimento e abertura ao exterior, isto é, a zona rural como problema para as autoridades chinesas e sendo aquela representante do atraso econômico chinês.

Por fim, encerra-se a cobertura chinesa com o belo ensaio de Roberto Pompeu de Toledo em que este narra sua primeira viagem à China, ainda na década de 1980, e o telefonema do então intérprete do Ministério de Relações Exteriores da China e atual embaixador chinês no Brasil, Chen Duqin.

Caros amigos, como perceberam, devido ao espaço e tempo, não é possível que se relate de forma mais detalhada as reportagens acerca da China. No momento em que as li, conheci outras facetas que não conhecia da maravilhosa Zhoung Guo. Uma curiosidade a respeito da revista: por saberem que gosto demais do país oriental, todos as pessoas que me encontraram durante aquela semana sempre me perguntavam se já havia comprado a revista ou me contavam a novidade que ela trazia. Muito deles compraram também pelo fascínio e curiosidade que essa nação causa. Realmente, foi com muita alegria que vi o carinho de todos em sempre me manterem atualizado com tudo o que se publica e divulga sobre a China. Naquela mesma época, a TV Record apresentou um programa especial sobre a China, tendo enfoque na região oeste: Sichuan e Tibet.

Gostaria nesse espaço de congratular ao Luis Zhao pela excelente entrevista que realizou com o jornalista brasileiro radicado na China. A desenvoltura da conversa foi muito agradável. Aprendemos muito Luis! Ademais, realizou outra excelente com o Cônsul português em Shanghai. Ambas as conversar foram muito instrutivas e esclarecedoras. Parabéns!!!!!

Gostaria ainda de desejar boas-vindas, os melhores votos de sucesso e plena realização à senhorita e recém-contratada funcionária do CRIPOR, Chen Ying, no seu nome em português Alexandra Chen. Sua voz ecoando pelo rádio é muito parecida com a da Flor, portanto, muito encantadora. No site, já pude ver sua foto, como todos do CRIPOR, é muita bela.

Caríssima Xana, congratulações pela escolha da CRI, tenha a certeza de que novos amigos rapidamente serão feitos, seja no CRIPOR, seja dentre os países lusófonos. Tenho a convicção que terá grande sucesso como outros membros novatos do Departamento já o obtiveram. Felicidades nessa nova empreitada!!!!!

Sobre a programação, tenho a dizer que, a cada dia, percebo a perseverança de todos vocês em trazer e produzir os melhores programas a todos nós, ouvintes. A cada dia, uma alegria nova nos acompanha com as emissões da CRI. Para mim, é um aprendizado constante!!!

Finalmente, tenho duas novidades pessoais que muito me agrada em lhes dizer. A primeira é sobre o tema de meu projeto de monografia. Esta será sobre a Organização de Cooperação de Shanghai como expressão da Política Externa Chinesa para a Ásia Central. Será, pela primeira vez, que um acadêmico em minha universidade estudará esta organização. Estou deveras contente!

A segunda novidade, talvez essa mais gratificante e emocionante para mim. Há uma semana, foi realizado na minha Universidade, a II SiNUCES- Simulação das Nações Unidas do Centro de Estudos e Simulações em Relações Internacionais -que, durante quatro dias, foi debatido a Prevenção de Atos Terroristas na Faixa de Gaza. Esse modelo de simulação é uma prática recorrente nos cursos de Relações Internacionais em todo o mundo.

No primeiro momento, eu seria responsável pela direção do Conselho de Segurança que debateria a Situação Nuclear Iraniana, o qual seria realizado em inglês. Contudo, por dificuldades financeiras, só foi possível realizar o Comitê de Desarmamento e Segurança Internacional com a temática supramencionada. Neste Comitê fui designado como delegado da República Popular da China, o que me encheu de muito orgulho e honra.

Durante os debates, tentei refletir o máximo possível a Política Externa Chinesa. Acrescido do Documento de Posição, que reflete o posicionamento diplomático do país na situação em questão, tive a bela surpresa de ser agraciado com Menção Honrosa pela representação da China no Comitê e pelo Documento de Posição. Mais do que isso, agora, por todos os meus amigos da faculdade já sou chamado de "China" ao invés, do meu nome, em referência ao meu papel durante a SINUCES.

Graças a vocês e aos conhecimentos que nos trazem a cada dia, pude realizar um excelente trabalho em defesa dos interesses e posições políticas da China dentro da entidade que simulávamos. Meu muito obrigado. Dedico essa Menção a vocês!!!!

Caros amigos do CRIPOR, a cada dia estamos mais próximos, a cada dia nossos contatos aproximam-se. Espero que sempre possamos contribuir com o crescimento de todos nós, a cada desafio que nos é imposto.

Fortes abraços,

Helder Paulo M. Silva

Goiânia, Goiás, Brasil