A história que deu a origem a este provérbio consta do livro Mêncio, obra surgida cerca de 280 a. C. e que é constituída pelo relato da vida e das palavras de Mêncio ou Meng-zu, também conhecido por duque de Tsou.
A história é sobre um camponês, de temperamento bastante impulsivo, que tinha plantado uns pés de arroz na sua propriedade. Andava tão ansioso com o crescimento das plantinhas que ia examiná-las três vezes por dia.
---- Porque é que o arroz cresce tão devagar? Parece que está sempre do mesmo tamanho! ---- dizia o impaciente camponês para os seus botões.
Certo dia, quando observava, mais uma vez, as suas queridas plantas, já com a paciência a chegar ao fim, teve, de súbito, uma ideia que julgou ser a solução do seu problema: decidiu puxar cada um dos pés de arroz um pouco mais para fora da terra.
Não era um trabalho fácil, pois exigia que andasse curvado e que puxasse cada pé apenas o suficiente para que ficasse um pouco mais alto, sem que, no entanto, o arrancasse completamente.
Levou um dia inteiro a concluir a tarefa, e só ao entardecer, exausto, voltou a casa. Disse então, todo contente, para o filho:
----- Estou cansadíssimo! Sabes o que fiz? Puxei os pés de arroz para cima para os ajudar a crescer.
O filho correu para o arrozal? mas o leitor decerto já adivinhou qual fora o resultado: todos os pés tinham murchado.
Desta história com mais de dois mil anos ficou, para os chineses, o provérbio Arrancar o arroz da terra para o ajudar a crescer, como forma de criticar os que, levados pela sua impulsividade, agem às cegas, ignorando as leis que regem o desenvolvimento de todas as coisas.
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