A Porta Meridiana é a entrada principal do Museu do Palácio Imperial. Durantes as dinastias Ming e Qing, no dia do início do inverno, o imperador costumava ir ao Templo do Céu para um ritual em homenagem ao Céu; no dia do início do verão, ia ao Templo da Terra para homenagear a Terra, e quando do início da primavera, realizava-se uma cerimônia em que o imperador imitava o trabalho de arar a terra no Altar ao Deus da Agricultura. Para esses ritos, o imperador saia e voltava sempre pela Porta Meridiana.
Agora, já atravessamos a entrada... vejamos a porta. A Porta Meridiana tem cinco passagens. Na dinastia Ming, existiam as rigorosas estipulações quanto ao seu uso. A passagem central servia exclusivamente ao imperador, e era utilizada pela imperatriz apenas quando entrava no Palácio Imperial no dia de seu casamento com o imperador. Os classificados no primeiro, segundo e terceiro lugares do exame real, o exame do nível supremo do país na antiguidade, tinham permissão para sair do Palácio Imperial pela passagem central, evidenciando a benevolência do imperador. As passagens aos dois lados da passagem central eram destinadas para os mandarins civis e militares, assim como os familiares e parentes da casa real. E as duas laterais estavam fechadas normalmente, exceto durante as grandes cerimônias e o exame real.
Bom, veja agora para as cinco pontes de pedra em frente. Chamam-se Pontes da Água do Ouro. O rio tem os mananciais na Montanha Yuquan, ao oeste da cidade de Beijing. Conforme a teoria chinesa sobre os cinco elementos, o Oeste significa o ouro, por isso, o nome do rio é "Rio da Água do Ouro", assim naturalmente, as pontes foram chamadas como "Pontes da Água do Ouro". O rio atravessa o Palácio Imperial em direção nordeste-sudeste, servindo como uma importante fonte de água contra incêndio e uma via de drenagem, além de ser uma faixa decorativa para o Palácio Imperial.
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