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(GMT+08:00) 2006-07-04 14:09:32    
Parreira diz que "quem pegar o barco" deve renovar

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Segundo UOL, o técnico Carlos Alberto Parreira não se demitiu e nem afirmou que vai continuar no comando da seleção brasileira depois da Copa do Mundo da Alemanha. No entanto, alguns indícios de seu discurso levam a crer que seu ciclo na seleção possa estar no fim.

Em entrevista coletiva dada no hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, o técnico não usava uniforme da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e não havia qualquer banner ou cartaz da seleção brasileira e de seus patrocinadores, prática corriqueira em coletivas de integrantes da CBF. Nela, o técnico ficou em cima do muro quando perguntado sobre a sequência do trabalho na seleção, mas mostrou sinais de que estaria de saída.

"Na minha primeira entrevista coletiva, quando assumi a seleção, em janeiro de 2003, perguntaram se eu ia renovar a seleção. Eu disse que isso tem que ser feito com muita calma, tanto é que chegamos na Copa com 50% do time renovado. Agora é hora de projetar na Copa de 2010, e quem pegar esse barco, ou ficar, não interessa comentar o nome, já começa a projetar para 2010", discursou o técnico.

Parreira confirmou que conversará com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, para definir o seu futuro na seleção brasileira. Os dois devem se reunir assim que o cartola voltar da Alemanha, onde fica até o fim da Copa. Segundo o treinador, a conversa é um "compromisso tácito" entre os dois que independia do resultado da seleção na Copa.

Essa geração cumpriu um ciclo vitorioso no futebol brasileiro

Carlos Alberto ParreiraAo contrário de Parreira, Zagallo foi mais claro: disse que só sai da seleção se for mandado embora por algum superior. "Continuo pensando na verdinha e amarela e não abro mão disso a não ser que não me queiram", decretou o auxiliar-técnico. "Enquanto tiver vontade, disposição e alegria, eu continuarei".

No início da manhã desta segunda-feira, Parreira "fugiu" da imprensa no aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, devido à confusão que julgou haver lá. Convocou a nova coletiva, e ao fim dela comentou: "Foi muito mais sossegado que no aeroporto, não?"

Apesar do fracasso no Mundial da Alemanha, o comandante vê a atual geração de atletas como vitoriosa. "Essa geração cumpriu um ciclo vitorioso no futebol brasileiro", avaliou, lembrando que dois jogadores do atual grupo estavam em 1994 - Cafu e Ronaldo.

Apesar disso, ele acredita que a derrota para a França manche o currículo dos jogadores, em sua opinião, temporariamente. "Esse jogo vai ficar marcado na minha memória e na do torcedor até que o Brasil vença uma outra Copa, o que tenho certeza que acontecerá em 2010".

O técnico reafirmou que não se arrependeu das atitudes que tomou e do planejamento feito para a Copa da Alemanha. "Teria me arrependido se não tivesse mudado a equipe no último jogo, em função do nosso jogo contra Gana e do da seleção da França contra a Espanha".

Parreira colocou o time em campo sem o chamado "quadrado mágico", ao sacar Adriano e colocar Juninho Pernambucano, e colocou Gilberto Silva no lugar de Émerson no time titular. "Foram, ao todo, 15 substituições em cinco jogos, e todas elas foram corretissimas", insistiu.