A seleção já está em Frankfurt. A delegação, que à tarde fez o último treino em Bergisch Gladbach, chegou ao hotel Arabella Sheraton às 22h35 (17h35 no Brasil). No próximo sábado a equipe de Carlos Alberto Parreira enfrenta a França pelas quartas-de-final da Copa do Mundo.
KAKÁ E ÉMERSON MELHORAM
O Brasil deverá ter força máxima para enfrentar a França neste sábado em Frankfurt. Essa é a confiança da comissão técnica da seleção, que se pronunciou sobre as lesões de Kaká e Émerson nesta quinta-feira através do médico José Luiz Runco.
De acordo com o médico, ambos os jogadores devem participar das atividades com bola nesta sexta. Kaká e Émerson, que deixaram a partida contra Gana na última terça com dores, passaram por trabalhos de recuperação física no hotel e devem participar do treino com bola desta sexta, que vai definir o aproveitamento dos dois jogadores contra os franceses.
LEIA MAIS SOBRE A SELEÇÂOUm clima de confusão marcou a chegada dos brasileiros à nova casa na Alemanha, localizada bem no centro de Frankfurt. Segundo a polícia local, que fechou a rua para a aproximação do ônibus que transportava a seleção, cerca de 300 torcedores acompanharam o desfecho do traslado.
No entanto, a delegação brasileira evitou toda agitação de torcida e imprensa ingressando no hotel por uma entrada lateral.
Depois da viagem de ônibus de cerca de 200 km entre as cidades de Bergisch Gladbach e Frankfurt, os jogadores da seleção descansam até a tarde desta sexta-feira, quando realizarão treino de reconhecimento do gramado do estádio Commerzbank Arena, palco da partida contra a França. A prática está agendada para às 5h (10h pelo horário de Brasília).
O novo deslocamento encerrou o período de "confinamento" na Alemanha. A partir de agora, caso avance na competição, o Brasil ficará concentrado somente em hotéis abertos ao público, como na Copa de 2002 (Coréia e Japão).
Contrário à agitação na concentração, o técnico Carlos Alberto Parreira pediu privacidade à CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A seleção ficou em hotéis privativos em todas as cidades em que treinou e durante a preparação para o jogo contra o Japão, o terceiro da primeira fase.
Em Weggis, na Suíça, onde o time iniciou os treinamentos, a seleção ficou duas semanas "isolada" no Park Hotel. A rua que dava acesso ao hotel era vigiada 24h.
Os treinos, no entanto, recebiam cerca de 5 mil torcedores diariamente. Um acordo que rendeu US$ 2 milhões (R$ 4,6 milhões) à CBF permitiu que empresas explorassem comercialmente a presença da seleção na cidade. Ingressos eram vendidos por cerca de R$ 36.
Na Alemanha, o Brasil ficou concentrado em Königstein, cidade próxima de Frankfurt, e Bergisch Gladbach, no Castelo Lerbach, perto de Colônia. Torcedores não tiveram acesso aos jogadores e a imprensa só visitou o local em dias marcados pela assessoria da entidade.
Já nas partidas contra Croácia, em Berlim, e Austrália, em Munique, o Brasil ficou em grandes hotéis, como o de Frankfurt. Porém, para evitar transtornos, a Fifa reservou andares apenas para a seleção e jogadores e comissão técnica utilizavam elevadores e refeitórios exclusivos.
Também adepto ao isolamento, o supervisor Américo Faria informou que ficar hospedado em hotéis públicos é uma exigência da Fifa (Federação Internacional de Futebol Association). "Temos que estar no lugar do jogo até a véspera da partida. Obrigatoriamente", disse. "É 'casa nas costas' e vamos em frente", continuou, se referindo aos próximos deslocamentos.
Perguntado se a determinação agrada à comissão técnica, Faria foi taxativo. "Estamos satisfeitos com a classificação do Brasil [às quartas-de-final]. Esperamos seguir até a final".
Caso passe pela França, o Brasil disputará a semifinal em Munique e a eventual final em Berlim. Os hotéis indicados pela Fifa já estão reservados.
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