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(GMT+08:00) 2006-06-23 15:25:32    
Nacionalidade Man

cri
A nação chinesa, com seus mais de um bilhão de habitantes, é composta por 56 nacionaldades. A maior dessas, a etnia Han, representa mais de 90% desta população. As 55 outras minorias nacionais compõem os 10% restantes.

O povo Man é um povo trabalhador e parte integrante da grande comunidade chinesa. Os mans em número de 9 milhões e 800 mil , vivem disseminados principalmente pelas províncias de Liao Ning, Jilin, Heilongjiang e He Bei, pela Região Autônoma mongol e no munícipio central de Beijing.

O man é uma etnia com história milenar. Sua origem remonta à época das Dinastias Shang e Zhou, mais de 3 mil anos atrás. Os mais distantes antepassados manchus, viviam na cordilheira de Chang Bai, nordeste do país e na bacia superior do Rio Sonhua. Entre os séculos 17 e 18, uma parte deles os Nuzhengs, fundaram o Reino Jing. Os manchus constituem um ramo dos Nuzhengs. Seu chefe Nurhachi, procedeu durante o século 16, à unificação de todas as tribos e restabeleceu o Reino Jin. Em 1635, o nome Nuzhengs foi mudado para Manchú e Nurhachi chamou seu estado de Reino Qing. Em 1644, os manchús derrotaram a Dianstia Ming e fundaram a Dianstia Qing.

Os manchus possuem sua própria lingua tanto oral como escrita. Durante o longo domínio da dinastia Qing, grande número de mandchus penetrou pelo interior do país, através de Shanhaiguan. Esta migração coincidiu com a dos hans em sentido contrário-do inteiror para o periferia do pais. Neste processo, as populações mandchus foram-se aculturando, sendo assumiladas pelos hans, quanto a seus habitos e costumes, inclusive a lingua. O último imperador, Pu Yi parece que so sabia dizer uma expressão na língua mandchu, "Levante-se" para os auxiliares que se prostravam diante dele.

Em algumas aldeias mais distantes da Província d e Heilongjiang, uns poucos anciãos ainda conhecem a lingua man. Os mandchus de outras províncias falam normalmente a lingua Han.

Os mandchus se ocupam principalmente da agricultura, mas, vivendo em cidades, trabalham na indústria e no comércio. O número de operários e de intelectuais é bastante grande.

Antes do seculo 17, os mandchus viviam nas reigões fronteiriças montanhosas do nordeste do país e até hoje são excelentes arqueiros. Arco e flechas têm enorme importância na vida diária dos mandchus. No dia de nascimento de uma criança, coloca-se um jogo d earco e flechas na porta da casa, augurando que o recem-nascido seja um bom arqueiro. Aos 6, 7 anos, as crianças começam a aprender o manejo desse instrumento e não demora muito, já estão galopando pelas montanhas, portando seu arco e flecha.

Os adultos são muito bons caçadores. Nos dias de festa, os homens vestem túnicas de mangas ajustadas ao punho e um cinto largo de tecido, onde são colocadas facas e outros objetos de uso diário. As mulheres usam o cabelo em coque, preso por grampos ou jóias, brincos nas orelhas, túnica e sapatos bordados. O traje dos manchús, hoje em dia, não se diferencia nada da roupa dos Hans.

Suas antigas residencias, no nordeste, eram casas de barro, cobertas de palha, com as portas voltadas para o oeste ou para o sul. As camas eram feitas de tijolo, aquecidas no inverno pelo calor proveniente do fogão da cozinha, ao lado. Os mans especialmente velhos gostam de dormir em Kan, um tipo de camas feito de tijolo e barro. Os manchus são monogânicos. Na antiga sociedade, onde o casamento era decidido pelos pais, o pai do noivo enviava à casa da noiva um casamenteiro para pedir-lhe a mão em casamento, levando consigo uma garrafa de licor. Este tipo de visita devia repetir-se três vezes e somente, depois disso o noivo sabia se o pedido de casamento seria atendido ou não. Deste rito, origina-se um dito muito popular. "Se aceita ou não, depende de três garrafas". Atendido o pedido de casamento, os pais da jovem recebiam da família do pretendente, muitos presentes. Carne, bebida, dinheiro, roupa etc.

A cerimônia nupcial era muito interessante. Erguia-se uma tenda do lado esquerdo do pátio da casa do noivo para onde um carro nupcial levava a noiva. Ai vivia o novo casal por três meses e três dias. Era uma forma de fazer os recem-casados recordar a penosa vida nômade, experimentada por seus antepassados.

Hoje em dia, os jovens manchus tem autonomia para decidir seu casamento. Mas, mesmo assim, devem pedir o consentimento dos pais. Para confirmação do casamento, ainda hoje existe o envio de presentes e a festa de casamento é celebrada da mesma forma que a dos hans.

Os manchus dão grande valor à cortesia. Antes, os mais novos cumprimentam os mais velhos, pela manhã e pela noite. A cada três ou cinco dias há cumprimentos mais cerimoniosos aos mais velhos. Ao encontrarem-se parentes e amigos, homens e mulheres, abraçam-se. Hoje estes cumprimentos cerimoniosos são raros, mas os manchus, mantem sua bela tradição de respeito aos pais e aos mais velhos.