Na entrevista concedida na quinta-feira passada à CRI, o adido cultural da embaixada brasileira na China, Celso França, falou sobre os intercâmbios culturais sino-brasileiros.
Para Celso França, há enorme espaço para a ampliação dos intercâmbios, pois a vontade de os dois povos se conhecerem é muito grande. Os produtos musicais, as produções cinematográficas e as telenovelas brasileiros podem desempenhar um papel pioneiro neste processo. Em sua avaliação, tanto a produção musical quanto a producao cinematográfica brasileira são atrativas e diversificadas. "Elas agradam o público internacional". Para tanto, Celso França revelou que o Ministério da Cultura do Brasil decidiu enviar para Beijing, no final de julho, uma delegação de produtores e distribuidores brasileiros, a fim de realizar, com o apoio da Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão da China, um festival de cinema brasileiro.
Conforme ele, o evento acontecerá entre os dias 27 de julho e 2 de agosto nesta Capital e conta com uma forte possibilidade de ocorrer também em Shanghai, a maior metrópole chinesa. Os seis filmes a serem exibidos foram produzidos no biênio 2004 e 2005, mas ainda estã sendo selecionados pelo Ministério.
Questionado sobre as eventuais dificuldades encontradas pelos chineses para entender a produção cultural brasileira, o diplomata explicou que o Brasil, território de encontro de várias raças humanas, possui na verdade uma identidade caracterizada pela mistura de diferentes civilizações: por um lado, isso é uma dificuldade para outras nações entenderem a cultura brasileira. Por outro, explica o fascínio de seu país.
Em relação às cooperações na área educacional, o adido cultural brasileiro afirmou que existem no momento as trocas de bolsistas entre os dois países, mas "as condições eram precárias e é importante facilitar esse processo". De acordo com França, os trabalhos a respeito vêm sendo reforçados desde a visita do vice-presidente brasileiro José Alencar à China, realizada no final de março deste ano.
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