Segundo UOL, Angola pôde respirar aliviada depois de sair do jogo mais importante de sua história com a dignidade intacta e a auto-confiança renovada.
As apostas na partida de domingo não poderiam ser maiores para o país do sudeste africano. Além de fazer sua primeira aparição em uma Copa do Mundo, o time enfrentava seus ex-governantes portugueses em uma partida que foi vista como algo carregado de ressentimento.
Vista como um adversário fácil para os favoritos do Grupo D, a derrota de 1 x 0 deixou Angola razoavelmente satisfeita.
"Estamos contentes porque jogamos bem e com dignidade", disse o meio-campo Figueiredo. "Mas não estamos totalmente satisfeitos por causa do gol. Queremos ganhar sempre e queríamos muito ganhar de Portugal."
Passado o nervosismo em torno da rixa histórica e da estréia na Copa, Figueiredo disse que agora vai se concentrar na tática para o embate de sexta-feira com o México.
VITÓRIA DE VERDADE
"Vamos voltar para o campo de treinamento para melhorar nossos pontos fortes e corrigir nossas fraquezas", disse ele à Reuters antes do próximo jogo em Hanover. "Queremos vencer o jogo contra o México. Eles são um time forte, no mesmo nível de Portugal, e nós os respeitamos."
"Mas não queremos outra vitória moral, queremos uma vitória de verdade, com três pontos", disse ele.
Tirando a importância da partida de domingo, alguns jogadores angolanos admitiram que ficaram um pouco irritados com o "clima incomum" no Rhein-Energie-Stadion.
"Talvez estivéssemos um pouco nervosos no jogo. Foi um acontecimento extraordinário para nós. Nem todos os nossos jogadores estão acostumados a jogar nessas condições", disse o goleiro João Ricardo, que ajudou a frustrar o ataque português.
Superando o nervosismo inicial depois que Pauleta marcou para Portugal aos quatro minutos, os "Palancas Negras" lutaram bravamente e frustraram os portugueses, alimentando a crença de que podem fazer melhor.
"Nosso desempenho nos deus confiança para o próximo jogo. Mesmo tendo perdido, acho que vamos ser um pouco mais ambiciosos, mais positivos contra o México", acrescentou Ricardo.
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