Segundo UOL
Nascimento: 22/09/1976, no Rio de Janeiro (RJ)
Peso: 81 kg
Altura: 1,83 m
Clubes: Cruzeiro (1993 e 1994); PSV Eindhoven-HOL (1994 a 1996); Barcelona-ESP (1996 e 1997); Inter de Milão-ITA (1997 a 2002); Real Madrid-ESP (2002 a 2006)
Títulos: Campeonato Mineiro (1994); Copa da Holanda (1996); Copa do Rei (1997); Recopa Européia (1997); Copa da Uefa (1998); Mundial Interclubes (2002); Campeonato Espanhol (2003); Copa do Mundo (1994/2002); Copa América (1997/1999)
Copas: 3 (1994, 1998 e 2002)
Um desempenho favorável na Alemanha pode transformar Ronaldo no "Sr. Copa do Mundo". Se conseguir manter uma performance média, em relação aos Mundiais anteriores, o atacante do Real Madrid tem boas chances de virar o maior artilheiro e o maior ganhador da história da competição.
Ronaldo tem dois títulos de Copas no currículo. Ganhando mais uma, se junta a Pelé (Cafu também pode conseguir o mesmo feito) como jogador que mais venceu o Mundial.
O atacante de 29 anos também está perto de ser o maior artilheiro de Copas. Hoje, Ronaldo soma 12 gols, mesma marca de Pelé, atrás somente do francês Just Fontaine (13 gols) e do alemão Gerd Müller, maior goleador dos Mundiais, com 14 gols.
O retrospecto de Ronaldo no futebol se confunde com a história recente das Copas. Em 1994, o menino Bento Ribeiro, então com 17 anos, foi levado por Carlos Alberto Parreira para a Copa. Não teve chances de jogar, mas já começou a se habituar com o ambiente de seleção.
Quatro anos mais tarde, Ronaldo chegou à Copa da França como principal estrela do futebol mundial, vindo de dois títulos consecutivos de melhor do mundo da Fifa. Todos os olhos estavam voltados para o então jogador da Inter de Milão.
A estrela do time de Mário Zagallo fez um bom Mundial, mas o desfecho foi quase trágico. Horas antes da final contra os franceses, Ronaldo sofreu uma convulsão na concentração, em circunstâncias misteriosas até hoje. O atacante acabou não relacionado para a partida, mas chegou ao estádio em cima da hora e forçou sua escalação.
Na derrota para a França, Ronaldo não jogou bem. O sonho de brilhar em um Mundial, desta forma, ficava adiado para a Copa de 2002, na Coréia do Sul e Japão.
Mas nesse meio tempo, Ronaldo enfrentou o problema mais delicado de sua carreira, talvez de sua vida. O atacante sofreu duas lesões gravíssimas no joelho direito, ficando ausente dos gramados por praticamente dois anos.
Porém, numa reviravolta quase cinematográfica, Ronaldo conseguiu se recuperar para jogar a Copa de 2002, conseguindo o melhor desempenho de sua carreira. Marcou oito gols, dois deles na decisão contra a Alemanha, e ajudou o Brasil a conquistar o pentacampeonato.
O sucesso de Ronaldo no futebol foi precoce. Depois de ver as portas se fecharem no São Paulo e no Botafogo-RJ, que não aceitaram pagar R$ 25 mil por 50% de seu passe, pertencente a Alexandre Martins e Reinaldo Pitta, em 1993 o franzino Ronaldo desembarcou no Cruzeiro. O responsável por sua chegada foi Jairzinho, o furacão da Copa de 70, que conseguiu convencer os dirigentes da equipe mineira a pagar US$ 25 mil pelo garoto.
O indiscutível talento precoce logo chamou a atenção do treinador Carlos Alberto Silva, que o colocou entre os reservas da equipe. Em uma excursão do Cruzeiro à Europa, o treinador decidiu colocar Ronaldo, então com 16 anos, em algumas partidas. De volta ao Brasil, foi sendo utilizado aos poucos até conquistar definitivamente uma posição no ataque. Em 1993, ao disputar a Supercopa dos Campeões, o atacante foi o artilheiro com oito gols.
Ronaldo conquistou então uma merecida vaga na seleção que disputaria a Copa dos Estados Unidos. Por causa da presença do zagueiro Ronaldão, o atacante passou a ser conhecido no Brasil como Ronaldinho. O Cruzeiro acabou decidindo vendê-lo ao PSV Eindhoven por US$ 6 milhões. Na Europa, o goleador foi submetido a um tratamento físico para ganhar massa muscular.
Em 56 partidas, marcou 44 gols, ajudando o time a conquistar a Copa da Holanda, em 1996, e tornando-se o ídolo maior da equipe. Em março do mesmo ano, operou o joelho direito para retirar fragmentos de cartilagem que haviam aderido ao tendão da patela.
Na Olimpíada de Atlanta, foi destaque da seleção, com cinco gols. Mas, como o restante da equipe, ficou marcado pela perda da medalha de ouro após a eliminação diante da Nigéria.
O seu talento, no entanto, ganhava admiradores por todo o mundo, e, ainda em 1996, Ronaldo foi vendido ao Barcelona, da Espanha, por US$ 20 milhões. Na equipe catalã, o artilheiro ganhou a idolatria dos torcedores, exibindo uma velocidade cada vez maior e impressionando as platéias com seus dribles e gols fantásticos.
A Fifa acabou elegendo Ronaldo o melhor jogador do mundo em 1996. No ano seguinte, o atacante deixou-se levar por uma oferta milionária da Inter de Milão. O negócio de US$ 32 milhões foi realizado, e o atacante, chamado então pela imprensa italiana de "Fenômeno", não demorou a quebrar recordes. Marcou 25 gols, tornando-se o estrangeiro com a melhor artilharia em uma primeira temporada na Itália.
Depois dos anos se recuperando das cirurgias no joelho e da conquista da Copa do Mundo, Ronaldo alegou falta de compatibilidade com o então técnico Héctor Cúper para deixar a Inter. Numa das mais polêmicas transferências da história moderna do futebol, o brasileiro foi parar no Real Madrid.
De volta ao futebol espanhol, Ronaldo manteve a média goleadora de toda sua carreira. Mas os títulos secaram. Depois de vencer a Liga da Espanha em sua primeira temporada, o brasileiro não ganhou mais nada com o Real. No clube, freqüentemente enfrenta cobranças, que variam sobre sua forma técnica ou seu estado físico.
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