Segundo UOL, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou na noite desta quinta-feira com os jogadores da seleção brasileira e aproveitou para "cutucar" o atacante Ronaldo. A conversa com os convocados, uma espécie de mensagem de boa sorte antes da estréia na Copa do Mundo da Alemanha, se deu por meio de uma videoconferência.
Lula conversa com capitão Cafu em videoconferência nesta quinta-feira
Do Palácio do Planalto, em Brasília, tendo ao lado a mulher, Marisa Letícia, e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o presidente da República se dirigiu ao técnico Carlos Alberto Parreira, ao coordenador Zagallo e ao capitão Cafu, trio que representou os demais integrantes da seleção.
Lula, na verdade, não falou com Ronaldo, mas foi direto ao perguntar ao técnico Carlos Alberto Parreira sobre o atacante. "Ele está gordo ou não?", disparou o presidente. O treinador foi polido na resposta. "O Ronaldo está muito forte. Já não é mais aquele garotinho e mudou o biótipo."
Depois da alfinetada inicial, Lula mudou o tom e passou a dar conselhos à seleção. O presidente da República disse que o momento da seleção é "mágico", que a expectativa da torcida brasileira é "rara, nunca vista em outras décadas" e pediu prudência aos jogadores. "Mantenham a calma. Caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém", alertou.
"Sabemos disso e também temos esse espírito que se espalhou pelo país, presidente. Com trabalho e seriedade, podemos corresponder. Estamos dispostos a vender caro qualquer coisa que não seja o hexa", rebateu Parreira.
O presidente, que acompanha futebol e é torcedor do Corinthians, revelou que ficou satisfeito com a convocação de Parreira e chamou a escolha de "unanimidade". "Não falta nenhum nome. Todos que estão aí são os melhores."
Antes da videoconferência, o treinador já havia comentado sobre o encontro virtual com o presidente. Parreira afirmou não ver a conversa como uma atitude "eleitoreira" de Lula. "Estou na seleção desde 1970 e, desde então, sempre íamos a Brasília antes da Copa. A diferença é que este é um ano de eleição. Não vejo como oportunismo."
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