Nascimento: 18/03/1982, em Luanda

Peso: 77 kg

Altura: 1,78 m

Posição: atacante

Clubes: Alverca-POR, Benfica-POR

Copas: nenhuma

Não bastasse Pedro "Mantorras" Manuel Torres ter sido comparado ao lendário Eusébio, da seleção portuguesa 3ª colocada na Copa de 1966, o atacante angolano recebeu elogios do próprio ídolo.

Para o ex-jogador, português de origem moçambicana, Mantorras "possui qualidades especiais e está destinado a ter um grande futuro".

Apesar do apelido "Mantorras" ter sonoridade próxima ao sobrenome do atacante - Manuel Torres -, há quem afirme que faça referência a idéia de "homem queimado", ligada ao fato de o jogador ter sofrido uma grave queimadura quando criança.

Um dos destaques na conquista do Campeonato Africano sub-20 de seleções em 2001, o jogador chamou a atenção de equipes européias e foi contratado pelo Benfica. Foi, neste ano, eleito o melhor jogador jovem da África.

Em sua temporada inaugural pelo time de Lisboa, Mantorras marcou 13 gols em 30 jogos, melhorando a boa marca de dez gols em 26 jogos obtida na temporada anterior pelo Alverca de Portugal.

O desempenho do atleta piorou nos anos seguintes, em boa parte devido a uma lesão no joelho, que se tornou um constante problema na carreira do atleta, inclusive na seleção. Ao voltar com mais segurança aos gramados em janeiro de 2005, Mantorras marcou cinco gols na caminhada do Benfica rumo ao título do Campeonato Português. Na temporada anterior, a equipe havia conquistado já a Copa de Portugal, mas Mantorras não disputou nenhuma partida pelo time.

Nas eliminatórias da Copa do Mundo, o atleta, ainda prejudicado pelas sucessivas contusões, disputou somente três partidas, marcando um gol nos 3 a 0 sobre o Gabão, na penúltima rodada da disputa.

Na Copa Africana das Nações de 2006, o atacante jogou apenas 59 minutos em três jogos e ameaçou abandonar a seleção e não disputar a Copa do Mundo. "Não deixei meu time, o Benfica, para representar Angola e não ser aproveitado", disse aborrecido o jogador em sua volta à Lisboa.

O técnico-adjunto da seleção angolana de futebol, Joaquim Dinis, desvalorizou as declarações de Mantorras, lembrando que o atleta vinha de poucos jogos pela seleção e pelo Benfica - onde o então técnico Ronaldo Koeman não lhe deu muitas chances.

Veloz, forte e com grande poder de finalização, Mantorras concentra em si boa parte das esperanças angolanas para a Copa do Mundo. Vai precisar, contudo, de uma boa preparação física e psicológica para o Mundial, além de tempo e continuidade dentro de campo.