Segundo UOL, o lateral-esquerdo Roberto Carlos foi taxativo ao comentar a importância de o Brasil se sair bem nas jogadas de bola aérea durante a Copa do Mundo da Alemanha, que começa nesta sexta-feira. "Se a gente não der escanteios e bolas paradas perto da área, vamos chegar na final", declarou, sem hesitar.
Na manhã desta terça-feira, o técnico Carlos Alberto Parreira comandou um treino específico de posicionamento em escanteios. Ronaldinho Gaúcho e Zé Roberto levantavam as bolas, enquanto Lúcio, Juan, Kaká, Emerson e Adriano atuaram dentro da área. Dida era o goleiro.
"Hoje o futebol se decide muito na bola parada, na falta, no escanteio, no lateral. É um momento de desatenção que as equipes aproveitam", explicou o zagueiro Juan, que vê a bola aérea também como uma arma a ser usada a favor do Brasil. "Nós temos grandes batedores e um pessoal que gosta de fazer gol dentro da área".
Parreira concorda que a arma pode ser usada favoravelmente. "As equipes européias se valem muito da jogada de bola parada, mas nós também temos bons cabeceadores. Vamos trabalhar para não tomar gol assim. Isso é muito importante". O técnico crê, ainda, que não existe perfeição na bola parada, mesmo que se treine à exaustão. "Bola aérea preocupa qualquer defesa do mundo e você nunca vai ter um posicionamento ideal. Você tem realmente de acertar as posições na hora, conversando", opinou.
O zagueiro Lúcio gostou de fazer o treino focado no fundamento pela manhã. "Hoje foi um dos primeiros treinamentos específicos, tem que dar continuidade a isso", observou, antes de ressaltar a importância do auxílio dos companheiros de frente que atuam como defensores nas jogadas de bola alta. "O Adriano e o Kaká vão nos ajudar na defesa, já que são jogadores altos".
Para o central do Bayern de Munique, o jogo aéreo não é um ponto fraco da equipe brasileira. "Não concordo (que seja ponto fraco). A seleção brasileira tem se portado bem nos últimos campeonatos e espera mostrar isso nessa Copa do Mundo. Vamos chegar bem preparado para os primeiros jogos", prometeu.
O capitão Cafu destaca que há jogadores que podem complicar a performance defensiva do Brasil e de qualquer seleção da Copa por causa de sua estatura. "Tem jogadores de mais de dois metros na Copa", disse, referindo-se a Jan Koller, atacante de 2,02 m da República Tcheca - possível rival do Brasil nas oitavas-de-final - e a Peter Crouch, avante inglês de 2,01 m.
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