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(GMT+08:00) 2006-05-30 13:40:55    
Ganhador de Nobel afirma que alta do Yuan tem efeito desfavorável

cri

Uma grande valorização da moeda chinesa tem efeito desvavorável, segundo Robert Mundell, ganhador do Prêmio Nobel. Ele fala que o mercado imobiliário chinês sofrerá uma recessão.

"Produzindo-se um grande aumento de câmbio de yuan em relação ao dólar americano, pode-se produzir um impacto de "destruição" sobre os mercados imobiliários em Beijing e Shanghai, assim como em outras cidades chinesas", acrescentou Mundell, professor de economia da Universidade de Columbia, em um fórum financeiro em Beijing.

Muitos economistas chineses têm o mesmo ponto de vista, e dizem que o sistema bancário da China, muito pouco sofisticado e a principal origem de fundos para o desenvolvimentode de bens, não pode sustentar um importante aumento de valor do yuan.

No entanto, investidores estrangeiros, estimulados pela valorização do yuan, tem adquirido novos imóveis na China como um tipo de ativos denominados pelo yuan, contribuindo para o avanço do mercado imobiliário, reconhece o governo chinês.

"Algumas pessoas crêem que o yuam, o RMB, pode subir, pelo que se concentra na especulação", indicou Mundell. "China necessita controlar as atividades excessivas e especulativas."

Mundell foi contra a forte valorização do yuan. O especialista afirmou no fórum de Beijing que caso o yuan aumente rapidamente, os preços dos artigos internacionais e dos produtos agrícolas cairiam, e o número de empréstimos dos bancos chineses aumantaria.

No início deste mês, Mundell, que ganhou o Nobel de Economia em 1999 e creditado como um dos criadores do euro, afirmou que um grande aumento no valor internacional da moeda chinesa poderia amenizar o crescimento econômico do país e causar estragos na região.

"Uma grande valorização pode provocar uma crise grave na Ásia", destacou Mundell em uma conferência de investimento em Seul, capital da República da Coréia. "Não será igual a passada. Será um tipo diferente de crise", disse o especialista, referindo-se a crise de 1997-1998, que debilitou as economias da Tailândia, Indonésia e Coréia.

"A China aumentou o valor do yuan em dois por cento e o vinculou a uma cesta de moedas estrangeiras no passado mês de julho, abandonando décadas de adesão ao dólar americano."

O yuan, limitado a flutuar em uma margem de 0,3 por cento em relação a paridade central, tem aumentado seu valor em mais de 3% desde julho passado.

O yuan rompeu a importante barreira psicológica de oito yuans por dólar no dia 15 de maio, subindo novamente nos dias seguintes.

No entanto, os Estados Unidos diz que o aumento ainda é pequeno e não consegue provocar a necessária redução de seu enorme déficit comercial com a China. A indústria estadunidense considera que o yuan se encontra subvalorizado cerca de 40%, encarecendo os produtos norteamericanos na China e barateando os artigos chineses nos estados Unidos.