"O Código Da Vinci", mais uma superprodução hollywoodiana, adaptada a partir do romance homônimo de Dan Brown cativou a audiência chinesa neste fim de semana. Segundo a imprensa especializada, a bilheteria bateu a casa de 40 milhões de yuans (US$5 milhões) na parte continental chinesa desde sua estréia na semana passada.
Zhang, porta-voz da Huaxia Film Distribution Co. Ltd., distribuidora no Nordeste, Leste e Sudoeste do país, disse, dia 22, à Agência de Notícias Xinhua que a bilheteria nestas regiões totalizou 19 milhões de yuans (US$2,4 milhões).
A estréia do filme no circuito chinês ocorreu na quarta-feira da semana passada, quatro horas e meia antes da exibição do filme no Festival de Cinema de Cannes. Xu Bing, porta-voz da China Film Group Corporation, previu que o filme "O Código Da Vinci" pode arrecadar 60 milhões de yuans (US$7,5 milhões) na parte continental. A empresa decidiu exibir o filme nas grandes cidades em todo o país de forma simultânea com 380 cópias em 30 linhas de cinema. "O filme combina cultura e suspense", afirmou.
Parte do sucesso do filme é atribuída a grande desempenho de Tom Hanks e de Audrey Tautou, aos famosos lugares como o Museu de Louvre e seus argumentos polêmicos sobre o cristianismo.
Fan Xi, 28 anos, leu o romance e assistiu ao filme no dia da estréia. Comentou: "Tem menos suspense que o livro. O livro descreve o que pensam os protagonistas quando estão decifrando os códigos, mas o filme não o mostra assim. Contudo, o fim do filme é mais fácil de entender que no livro".
A igreja católica chinesa pediu na quinta-feira em Beijing que todos os católicos chineses boicotem a produção. Seus representantes acusam Hollywood de violar a ética e moral religiosa e de não respeitar os sentimentos do clero e seus seguidores.
Apesar dos protestos dos cristãos, Li Chow, diretor da Columbia Triastar Film Distributors Internacional na China, disse que não se tem feito nenhum corte no filme para sua estréia na China. "Todo o mundo entende que é ficção", acrescentou à Xinhua.
"O Código Da Vinci" tem criado polêmica devido à sua história de "sacrilégio" e vem enfrentando a oposição de muitos países do mundo. Alguns grupos religiosos na Índia têm conclamado os cidadãos para protestar contra o filme. A Administração Cinematográfica Nacional de Cingapura qualificou o filme de "inadequado para menores de 16 anos".
Na Grã-Bretanha, os produtores tiveram que promover algumas mudanças nos efeitos sonoros para que os menores de 12 anos possam ver o filme acompanhados de seus pais ou responsáveis.
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