Uma reunião do Conselho de Estado chinês, realizada na quarta-feira passada, anunciou seis medidas para o mercado de bens imóveis na China, enfatizando que estritos regulamentos fiscais, de crédito e de terra serão postos em vigor para reestruturar a indústria de construção.

As novas medidas mostram uma mudança na política do governo, disse Dong Fan, diretor do Centro de Investigação do Mercado de Imóveis da Universidade Normal de Beijing.

Ele afirmou que as novas medidas demonstram que o controle da demanda de mercado e o aumento da oferta devem ser incluídos na política de macrocontrole do governo.

As medidas estão destinadas a ajustar a estutura da oferta de moradia para proporporcionar departamentos menos custosos a famílias de baixa renda.

Os edificios comerciais vagos da China têm aumentado 18,9%, em comparação com o ano passado, em até 122 milhões de metros quadrados para finais de abril deste ano, informou o Birô Nacional de Estatísticas.

O Birô disse que a desocupação dos edifícios residenciais e comerciais alcança a cifra de 69,21 milhões de metros quadrados, ou seja, 15,9% mais que no mesmo período do ano anterior.

Desde que a China adotou o macrocontrole sobre o mercado de imóveis no ano passado, o crescente investimento no setor e a alta de preços foram inicialmente freadas. Mas uma pesquisa realizada pelo Ministério da Construção revelou que nos primeiros meses de 2006 os problemas não haviam sido solucionados quanto aos rápidos aumentos de preços, inadequada estrutura da oferta e deficiência das regras do mercado.

Os bens informados dizem que a efetividade das seis novas medidas depende de que os governos locais as ponham em prática plenamente. Os governos locais, como os de Beijing e Shanghai, estão elaborando medidas utilizando as seis políticas mencionadas como guia.

O público reagiu rapidamente às novas medidas. Uma pesquisa pela Internet demonstrou que 77,48% dos entrevistados têm seus planos de aquisição de habitação até que o mercado seja mais preciso.