Os intercâmbios culturais entre a China e o exterior estão cada vez mais intensos. Metrópoles como Beijing e Shanghai estão recebendo um número crescente de grupos artísticos de alto nível procedentes do mundo inteiro. Os artistas chineses, ao mesmo tempo, não poupam seus esforços para exibir ao mundo os fascínios da cultura chinesa.

Caro ouvinte. Você está curtindo um trecho do balé apresentado por artistas do Teatro Nacional da Rússia, um dos mais renomados do planeta, durante a cerimônia de inauguração do Festival Cultural da Rússia neste país. Beijing, centro cultural da China, realiza diariamente dezenas de shows, apresentações, concertos, exposições de alto nível mundial. Eventos anuais como Festival Internacional Musical e Encontro em Beijing estão atraindo milhares de artistas provenientes da França, Alemanha, Checo, Estados Unidos etc. Ente eles, se destacam a violinista Sarah Chang, o pianista Pogorelich, o maestro Sir Roger Norrington, Simon Rattle e os maestros da orquestra sinfônica Stuttgart Rádio e da Berliner Philharmoniker.

O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, foi levado no ano passado aos espectadores chineses pelo Teatro Nacional de Nuremberg. Os quatro dias de apresentação abrilhantaram a Capital e o entusiasmo exibido pelos pequineses pela peça surpreendeu os promotores do evento. Após assistir a toda a peça, Yang, da Universidade Tsinghua, nos falou emocionada.

"Adorei! Não foi fácil comprar o ingresso. É uma excelente oportunidade para nós conhecermos a ópera ocidental".

Além de músicas e óperas ocidentais, os africanos e os latino-americanos também encontram palcos para a exibição de suas respectivas manifestações culturais. No ano passado, artistas africanos se tornaram protagonistas no festival Encontro em Beijing, trazendo diversas formas de arte africana. Neste ano, o México mandará mais de dez grupos artísticos para atender ao evento, o que deve iluminar o círculo cultural do país.

O mesmo furor atinge os artistas chineses. Eles almejam exibir e transmitir no exterior a força das tradições, costumes, manifestações culturais acumulados pelos chineses ao longo de sua milenar história. Segundo o vice-diretor do Departamento de Relações Internacionais do Ministério de Cultura, Pu Tong, graças ao crescente grau de abertura chinesa, os intercâmbios culturais com o exterior alcançaram um estágio sem precedentes.

"Estamos seguindo um caminho de intercâmbios com o mundo em todos os aspetos. Neste processo, o conhecimento mútuo da vida cultural deve ser inevitável, pois isto nos ajuda a compreender outras culturas e facilita a compreensão de nossa cultura por outras civilizações".

Os dados levantados pelo gerente da China Performing Arts Agency (CPAA), a maior entidade carregada dos intercâmbios culturais com o exterior, Zhang Yu, justificou a fala de Pu Tong.

"De junho de 2003 até o final do ano passado, materializamos 256 projetos de apresentações e exibições em 51 países e regiões. 210 grupos artísticos foram enviados para participar de 13 mil apresentações, que atenderam 19 milhões de espectadores do exterior".

A CPAA é responsável pela organização de 90% de atividades culturais do País realizadas no exterior. Elas abordam música tradicional chinesa, música sinfônica, balé, óperas tradicionais, acrobacia, pinturas e caligrafias chinesas, bem como acervos culturais e arte moderna etc. O destaque vai para o Ano Cultural Sino-Francês, ocasião em que foram concretizados mais de 700 shows e exibições, e o Festival da Cultura Chinesa nos EUA, com sede no Kennedy Centre for Performing Arts.

Caro ouvinte. Você está ouvindo Borboleta se Apaixona pela Flor, peça apresentada pela Orquestra Sinfônica de Guangzhou durante o Festival da Cultura Chinesa nos EUA no ano passado. A melodia da música tradicional chinesa foi empregada na peça, criando um estilo especial para os norte-americanos. Don Wallace nos contou.

"Curtir a música é um meio eficaz para conhecer a cultura chinesa. Nunca tinha ouvido tal estilo, tão especial. Ela me impressionou muito. Vou pesquisá-la".