Há cinco anos, os cinco rapazes tibetanos, oriundos do planalto Qinghai-Tibet, chegaram a sucursal da Companhia Internacional de Aviação Civil da China, localizada na cidade de Chengdu, capital da província de Sichuan, mostrando suas altas notas, com o sonho de tornarem-se pilotos.

Mas, onde estão eles agora? Eles, com sua coragem, generosidade, e a preparação nos últimos 20 anos, poderiam adaptar-se aos treinamentos intensivos e à planície úmida de Chengdu, onde se prefere chá com nata e carne de vaca e de carneiro?

Com tais perguntas, nossa reportagem os entrevistou na sucursal do 4º Esquadrão de Vôo , no sudoeste do país.

Usando uniformes, eles, de pele escura, robustos e de alta estatura, além de falar bem a língua chinesa, quase não diferem dos pilotos de nacionalidade Han. Porém, o caráter franco, corajoso e desembaraçado foram percebidos na entrevista.

O rapaz tibetano Tasang, informou à nossa reportagem que, desde pequeno, sonhava em ser piloto. Ele disse:

"Venho de Lhasa, capital do Tibet. Como outras pessoas, tinha o sonho de sobrevoar o céu como águia desde pequeno".

Ele afirmou que?depois de entrar na Companhia da Aviação Civil, eles estudaram mais de 20 disciplinas teóricas específicas sobre vôo no Instituto de Vôo da Aviação Civil da China, localizado em Chengdu. Além disso, durante três anos e meio, eles passaram por rigorosos treinamentos.

Após todos esses anos, finalmente eles foram aprovados por diversos exames e verificações organizadas pela Administração Estatal de Aviação Civil da China. E em 2005, eles concretizaram seus sonhos: tornaram-se pilotos.

Recordando os dias de estudo no Instituto, Tasang comentou:

"Durante o período de estudo, a impressão mais marcante para mim foi que, ao voar, me senti muito tenso. Mas, através de meus esforços, meus estudos e treinamentos, obtive bons resultados".

Apesar de já terem graduado-se no Instituto de Vôo, os cinco rapazes tibetanos deverão se esforçar mais ainda até tornarem-se pilotos experientes. Quanto a isso, Zhao Lin, responsável pelo 4º Esquadão de Vôo da CAAC, comentou que eles se diferem dos pilotos do Interior, referindo-se a conhecimentos culturais. Ele apontou:

"Para os pilotos tibetanos, as dificuldades enfrentadas são a capacidade de entender os conhecimentos técnicos e o estudo de língua estrangeira".

O departamento concernente escolheu treinadores experientes de vôo para cada um dos estudantes.

Outro rapaz tibetano, chamado Tsering Dorje, disse à nossa reportagem que, ensinados pelos professores, eles cinco receberam os títulos de "sub-pilotos de vôo". Ou seja, eles podem pilotar oficialmente os aviões.

Além da alegria, eles estão conscientes dos treinamentos ainda mais árduos. Ele disse:

"No passado, tinha um sentimento muito livre de pilotar um avião. Agora, tenho uma responsabilidade. Devo considerar a segurança dos passageiros".

Ao visitar sua própria terra natural, quando voou junto com um grupo de tripulantes de Lhasa, ele sentiu-se orgulhoso:

"Atualmente, o meu maior sonho é tornar-me um comandante de avião para pilotar verdadeiramente sua máquina e retornar à sua terra natal".

Desejando ser "livre como uma águia", esses cinco jovens tibetanos, com idade média de 25 anos, estão esforçando-se.

Segundo a Administração Estatal de Aviação Civil, a instutuição concernente admitirá ainda mais jovens tibetanos para serem pilotos, "pois eles têm boa saúde".