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(GMT+08:00) 2006-05-10 17:28:45    
Brasil: Sector industrial defende preservação do Mercosul

cri

Segundo a Lusa informou, o presidente da Confederação Nacional do da Indústria (CNI), entidade máxima de representação do sector industrial brasileiro, defendeu terça-feira que o Brasil deve empenhar-se em preservar o Mercosul, bloco formado também pela Argentina, Uruguai e Paraguai.

"Temos o desafio de preservar o Mercosul, muito importante não só pelo expressivo comércio entre os países do bloco como para a estratégia de investimentos de empresas brasileiras", declarou Armando Monteiro Neto a correspondentes estrangeiros em Brasília.

De acordo com o presidente da CNI, há vários problemas no Mercosul, como a insatisfação do Uruguai e do Paraguai, que não se sentem beneficiários do processo de integração, a falta de avanço na agenda comercial do bloco e o agravamento das assimetrias.

Defendeu também que, para além de olhar para a América do Sul, o Brasil deveria retomar as negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), estancadas devido à acções do Governo brasileiro e à falta de interesse do Governo norte-americano.

Questionado sobre a nacionalização do sector de energia na Bolívia, que contraria os interesses da estatal brasileira Petrobras naquele país, o presidente da CNI considerou a decisão "bastante dura e unilateral".

"A questão tende, entretanto, a colocar-se num plano de racionalidade e normalidade. Não vemos risco de interrupção do suprimento de gás para o Brasil", declarou.

Mais da metade do gás consumido no Brasil é oriundo da Bolívia.

De acordo com a Petrobras, a demanda de gás no Brasil hoje é de 40 milhões a 41 milhões de metros cúbicos por dia, dos quais 26 milhões a 27 milhões de metros cúbicos são fornecidos pela Bolívia.

A petrolífera brasileira é o principal investidor estrangeiro na Bolívia e responsável pela quarta parte da produção do gás boliviano.

Monteiro Neto classificou de "serena e prudente" a reacção do governo brasileiro que, segundo ele, está a arcar com o "ónus da fronteira", diferentemente da Espanha, que também teve seus interesses contrariados com a decisão boliviana.