Foi inaugurada dia 29 a exposição de pintura do artista plástico cabo-verdiano Mito, uma das actividades de comemoração do 30º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Cabo Verde e a República Popular da China.

Na cerimónia de inauguração, o cônsul honorário de Cabo Verde na RAEM, David Chow, começou por referir que embora a distância entre a China e Cabo Verde seja grande, "existe uma amizade estreita a ligar os dois países".

"Ao longo destes trinta anos, a relação entre estes dois países tem sido desenvolvida de forma continuada e amistosa, ampliando-se diariamente o intercâmbio político, económico, comercial, turístico, cultural, científico e técnico entre os dois povos", frisou David Chow.

A realização em Macau de actividades destinadas a celebrar o estabelecimento das relações diplomáticas entre estes dois países tem, na opinião do cônsul honorário de Cabo Verde na RAEM, "um significado profundo". Por razões históricas, os contactos entre Macau e Cabo Verde registam-se há já muito tempo, disse Chow, acrescentando que "há vários anos, também, que muitos cabo-verdianos residem em Macau, sendo que alguns deles nasceram já no território".

"Estabelecidos há muito tempo, aqui vivem e trabalham, ao mesmo tempo que mantêm relações estreitas com Macau, estabelecendo uma amizade profunda com os seus residentes, para além de desempenharem funções significativas em actividades destinadas a promover o estabelecimento de boas relações diplomáticas entre os dois países", sublinhou o David Chow.

Para além de afirmar que a realização em Macau destas actividades comemorativas "é seguramente uma opção acertada", o cônsul honorário disse ainda que Cabo Verde e a China "têm defendido a justiça, apoiando-se mutuamente e passando a constituir exemplo nos contactos internacionais, no que diz respeito à defesa da paz mundial e no tratamento das questões internacionais relativas à luta pelo progresso da humanidade", confiante que "a seu tempo, as relações amistosas entre estes dois países se venham a desenvolver ainda mais".

Neste contexto, David Chow aproveitou a oportunidade para expressar alguns agradecimentos ao Governo da RAEM, "pelo facto de acompanhar e de ter vindo a apoiar os cabo-verdianos imigrados em Macau".

Para além da exposição de oito pinturas a óleo de Mito, artista plástico de Cabo Verde, existem outras actividades iniciadas em Pequim e com a mesma finalidade, que passam pela RAEM esta semana, organizadas pela Embaixada da República de Cabo Verde em Pequim e pela Associação de Amizade Macau-Cabo Verde.

Na próxima sexta-feira, às 19 horas no Coliseu Romano da Doca dos Pescadores, o grupo de dança Raiz di Polon apresenta o seu último trabalho, "Ruínas", e trechos de outras das suas coreografias, num espectáculo de entrada livre. Raiz di Polon, dirigido por Mano Preto, foi fundado em 1991 em Cabo Verde e é actualmente um dos grupos mais marcantes na dança contemporânea cabo-verdiana.

Tanto o grupo de dança como o artista plástico apresentam-se, pela primeira vez, na Ásia, actuando agora na RAEM logo após a exposição itinerante e a tournée que fizeram em Pequim e a várias cidades do interior.