O Presidente da República Anibal Cavaco Silva apelou dia 25 ao «esforço de todos» para a elaboração e execução de um «plano de acção nacional» para que Portugal possa concretizar o «desígnio colectivo» do combate à probreza e exclusão social.
Falando na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, Aníbal Cavaco Silva centrou-se no tema da desigualdade social e lembrou «os sonhos» que marcaram o 25 de Abril, há 32 anos atrás, para depois fazer um balanço ao caminho trilhado desde a Revolução dos Cravos.
A realidade dos nossos dias «não valida, mas em vários aspectos nos interpela (...). Ficámos muito aquém de concretização dessa visão de construção de uma sociedade com maior justiça social», considerou o PR na primeira cerimónia oficial (no Parlamento) depois da tomada de posse.
«Estamos longe de realizar o sonho (...)» que não pode continuar a ser uma utopia, sublinhou Cavaco Silva referindo-se ao aumento dos riscos de exlcusão social, o desemprego e os baixos salários. Centrando a sua preocupação no risco de «pobreza persistente» e na vulnerabilidade dos mais idosos, afirmou :«Não é moralmente legítimo pedir mais sacrifícios a quem viveu uma vida inteira na privação».
Apelando a uma intervenção colectiva «em que todos se possam rever», o PR terminou o discurso propondo «um compromisso cívico» para promover a inclusão social, com participação dos políticos, autarquias, sindicatos e instituições cívicas.
Este plano de combate à desigualdade social, adiantou Cavaco Silva, deverá conter princípios e objectivos que tenham por alvo os grupos sociais mais vulneráveis.
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