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(GMT+08:00) 2006-04-26 09:13:39    
Brasileiro ganha prémio internacional na defesa do meio ambiente

cri

Segundo a Agência de Notícias Xinhua informou, o ativista brasileiro Tarcisio Feitosa da Silva, de 35 anos, obteve o reconhecimento internacional Goldmam Enviromental Prize de Meio Ambiente de 2006 na categoria América Central e do Sul.

Feitosa, integrante da Comissão Pastoral da Terra, entidade ligada a Inglesia católica, atua na região da Altamira, no estado amazônico de Pará.

Os organizadores do prémio decidiram outorgar o prémio a Feitosa da Silva por sua luta em defesa dos direitos humanos, o ambiente, o desenvolvimento sustentável em Xingu e Terra do Médio, regiões de conflito pela propriedade do sólo.

O brasileiro recebeu a condecoração nos EUA junto a outros cinco ativistas de diversos continentes.

Os planos são pela preservação do rio Danubio; o armazenagem seguro de resíduos produzidos por ármas químicas nos EUA; a defesa das selvas em Liberia; o fim de corte ilegal de madeira em Papua Nova Guiné e pelo respeito social na construção de represas na China.

Segundo os organizadores do prémio Goldman, Feitosa é "a personalidade por sua criação da maior área protegida de selvas tropicais do mundo", em referência à região que compreende as reservas Riozinho do Anfrísio e Verde para Sempre, o Parque Nacional Serra do Pardo e a Estação Ecológica da Terra de Médio.

Sua luta ambientalista começou a ser conhecida desde o ano 2000, num momento contra a exploração ilegal de mogno, uma espécie de madeira muito cotizada que cresce na Amazônia brasileira.

Depois de suas denúncias aos órgãos governamentais, foram confiscadas peças de mogno num valor de um milhão e meio de dólares.

A madeira foi vendida pelo Estado e os recursos ulitizados num fundo para financiar o desenvolvimento sustentável e os esforços de conservação na região.

Atualmente, Feitosa da Silva está comprometido com a luta para impedir a construção de represas que poderiam afetar os corretores ecológicos amazônicos.

Em declarações à imprensa local, o destacado ambientalista reclamou que o governo investe mais recursos para a luta em defesa da preservação, criando um fundo a partir das multas que devem ser aplicadas contra os infratores.

"Deve ser sido cobrado e pago o passivo criminal ambiental da Amazônia", afirmou Feitosa.

Se trata do terceiro brasileiro em receber a distinção. Em 1992, foi premiado o ativista do Instituto Socioambiental, Beto Ricardo por sua luta em defesa dos direitos dos povos indígenas e em 1996, a atual ministra do Meio Ambiente, Marinha Silva, pela criação de unidades de preservação no Estado de Acre.