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(GMT+08:00) 2006-04-19 10:18:47    
Muçulmanos no sul da China

cri

Liu Hua, 40 anos, membro da etnia Hui, possui uma agência de turismo e uma loja de souvenir turística. Há três anos, também abriu um restaurante especializado em frutos do mar na cidade de Sanyan, na província de Hainan, e o restaurante recebe mais de mil clientes diariamente.

Como muçulmano, Liu, apesar de estar muito atarefado de seus trabalhos, nunca se esquece de suas orações. Cinco vezes ao dia, volta seu corpo, seu pensamento e suas orações em direção a Meca. Além disso, doa quarenta avos de sua receita anual para ajudar os muçulmanos pobres.

A maioria dos huis vive no Noroeste chinês e nas províncias de Yunnan e Henan. Atualmente, mais de 7.000 muçulmanos moram em Sanyan e moram principalmente em duas aldeias, Huihui e Huixin, na vila de Fenghuang.

No início do século passado, alguns especialistas estrangeiros mostraram interesse pela origem, cultura e história desse grupo étnico na cidade. De acordo com os resultados das pesquisas, durante a dinastia Tang (618-907), a ilha de Hainan (atual província de Hainan) era um lugar chave no transporte marítimo de especiarias e seda entre a China e o exterior.

Na época, alguns comerciantes muçulmanos procedentes da Pérsia e dos países árabes chegaram a Cantão e Quanzhou da China e vieram estabelecendo-se na ilha. Posteriormente, nas dinastias Song e Yuan, imigrantes muçulmanos do Vietnã criaram aqui várias aldeias.

O presidente da Associação Islâmica da cidade de Sanyan, Fu Guicai, 70 anos, o imã das seis mesquitas da cidade desde 1981, considera que embora estejam longe de outros islâmicos, os muçulmanos de Hainan preservam os ritos e costumes étnicos tradicionais.

Yang Zihua, 29 anos, tornou-se clérigo de uma mesquita depois de frequentar uma escola islâmica durante três anos no exterior.

A religião, contudo, não é a única atividade para os muçulmanos da cidade de Sanya. Fu disse que, tradicionalmente, os muçulmanos da localidade dependiam da pesca e cultivo de vegetais.

Depois do início da reforma e abertura, em fins da década 70 do século passado, os huis entraram no mundo dos negócios. Desde a década de 80, Sanya vem se tornando uma cidade turística. A atividade abriu espaço para atuarem no mercado. Muitos deles passaram a dedicar-se ao turismo.

Atualmente, quase todas as famílias muçulmanas dependem do turismo. Eles processam e vendem pérolas, produtos de cristais, jade e prata, assim como roupas e tecidos. Eles ainda possuem 10 grandes restaurantes e 28 pousadas. Com isso, os huis acumularam fortuna e se tornaram a comunidade mais rica na região.