• Fanzine• Sobre CRI• Sobre o Dept.
China Radio International
China
Mundo
  Notícias
  Economia
  Cultura
  Ciência e Tecnologia
  Esporte
  Turismo
  Diplomacia

Repórter

Cultura

Turismo

Sociedade

Etnias

Mundo Lusófono

Culinária
(GMT+08:00) 2006-04-13 08:59:04    
Filão de ouro para os gigantes farmacêuticos

cri

País onde por séculos tem se desenvolvido uma indústria farmacêutica peculiar, a China possui hoje o melhor da farmácia ocidental, cujos seus representantes se apressam para ganhar um espaço no promissor mercado local.

Recentes pesquisas realizadas na China revelam amplas perspectivas de desenvolvimento nas vendas de produtos farmacêuticos estrangeiros em escala nacional, na ordem de 60 mil milhões de dólares para 2010. Para 2020, a julgar pelos ditos estudos, a China poderia converter-se em o maior mercado mundial do setor. Segundo o chefe do Departamento Internacional de Desenvolvimento e Planificação da Cia. Ltda.

Farmacêutica AstraZeneca, da Grã-Bretanha, sua firma vê na China a única oportunidade comercial que valha a pena. As razoes para tanta confiança são as seguintes: enquanto suas vendas no país asiático alcançaram um aumento de quarenta por cento em recentes anos, o aumento das mesmas nos Estados Unidos em mesmo espaço de tempo foi de somente seis por cento; na Europa apenas chegou a dois por cento.

Não e de se estranhar então a literal avalanche dos gigantes farmacêuticos do mundo sobre China. Somente a estadunidense Merck enviou quinhentos vendedores a este país no passado, enquanto que a AstraZeneca ampliou sua equipe de vendedores para novecentos, e aumentou seu investimento total em cento e quarenta milhões de dólares. A companhia sueca Novartis Pharma Ltd., a maior desse país, investiu recentemente dezessete milhões de dólares em uma empresa de risco compartilhado em Beijing.

Pfizer, um gigante farmacêutico mundial por excelência, levou um bom tempo para fincar raízes na China, onde colocou suas primeiras ações nos anos 80. Desde então, tem investido mais de quinhentos milhões de dólares no país e fundado fábricas em Dalian, Suzhou e Wuxi. Agora vende mais de quarenta variedades de produtos medicinais no mercado local, onde planejam lançar outros quinze nos próximos cinco anos.

Synovate, uma companhia global dedicada ao estudo de mercados, assinala que enquanto os americanos consomem anualmente uma média de quinhentos dólares na compra de medicamentos, os chineses gastam apenas nove dólares. Sem embargo, a firma prevê que dentro de uma década o volume do mercado chinês se duplicar?e e provável que o país se converta no terceiro maior mercado mundial, segundo Christopher James Shaw, presidente da Eli Lilly y Cía. "Hoje a China e importante", afirma Shaw, "mas o futuro reserva ainda maiores surpresas".

No ano passado, o chefe de investigações e desenvolvimento da China para o grupo Roche da Suíça (fabricantes de remédio Tamiflu contra gripe aviaria), Andreas Tschirky, abriu um centro de investigação no Parque de Alta Tecnologia de Zhangjiang, em Shanghai. Espera-se que o parque passe a ser o coração da indústria farmacêutica da China. Tschirky tem um grupo de quarenta cientistas que trabalham em conjunto com colegas estrangeiros no estudo e inovação de remédios. Tschirky assevera que o mercado chinês oferece promissoras oportunidades de crescimento no futuro.