O número de macacos dourados, uma espécie rara da China, duplicou-se (de 501 a 1.200) nos últimos 15 anos, em Shennongjia, uma reserva natural da província de Hubei, centro-sul da China.
O grupo de macacos dourados desfruta de uma zona especial de 100 quilômetros quadrados onde não são permitidos visitantes, à exceção dos investigadores e guardas florestais, disse Zhong Ran, subdiretor da Administração da Reserva Natural de Shennongjia.
Em um intento de progteger melhor os raros animais, Shennongjia lançou um programa em abril para estudar os grupos de macacos dourados, disse Zhong. Espera-se que o programa seja concluído em cinco ou oito anos e que se obtenha um maior conhecimento sobre os animais, disse.
O número maior de macacos dourados deve-se em grande parte à mudança do modelo de desenvolvimento da reserva natural nos anos recentes, disse o funcionário.
Como uma área de abundantes recursos florestais, Shennongjia forneceu mais de 100.000 metros cúbicos de madeira por anos para auxiliar a economia chinesa dos anos 60 aos anos 80.
Porém, o deflorestamento danificou seriamente a o ecossistema local e o número de animais silvestres caiu. Na década de 90, o índice de cobertura dos bosques foi de apenas 63.5% em Shennongjia.
Depois da mudança da política florestal do governo central, Shennongjia passou de uma fonte de madeira a uma área de preservação do bosque em fins da década de 90.
Os macacos dourados, conhecidos como "valores estatais" da China, junto aos pandas, estão sob a proteção do Estado. Os que vivem em Shennongjia são macacos dourados Chuan, um dos três tipos que totalizam um total de menos de 10.000 em todo o mundo.
Shennnongjia, a linha divisória entre as águas do Rio Yangtze e Rio Han, é a reserva genética melhor preservada de animais e plantas na mesma latitude em toda a Terra.
Em 1990, foi incluída na rede de preservação da humanidade e da biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
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