Segundo notícia despachada de Congo, a União Africana (UA) e as Nações Unidas vão lançar dia 11 uma iniciativa para a aceleração da prevenção do HIV/Sida em África, soube-se de fonte segura.
Um comunicado do Gabinete Regional da Organização Mundial da Saúde para África (OMS/AFRO) indica que o lançamento desta iniciativa entra no quadro do acompanhamento da decisão tomada em 2005 pelos ministros africanos da Saúde de declarar 2006 "Ano da Aceleração da Prevenção do HIV" na região.
"África deve aproveitar esta ocasião para parar o HIV", declarou o presidente da Comissão da UA, Alpha Oumar Konaré.
A Comissão da UA e as agências da ONU reconhecem que a aceleração da prevenção do HIV merece uma atenção mais séria em conformidade com o objetivo de acesso de todos a prevenção do HIV, ao tratamento e à assistência até 2010.
O director regional da OMS para África, o angolano Luis Sambo, disse que o lançamento desta iniciativa servir "para despertar" África para tomar medidas concretas destinadas a bloquear todas as formas de infecção do HIV/Sida.
"Devemos promover a tomada de consciência sobre o HIV e as suas vias de transmissão e as campanhas de imprensa e educação são os melhores meios de o fazer. Os africanos devem adoptar o apoio psicológico e a despistagem do HIV, enquanto os governos, em colaboração com os parceiros, devem trabalhar juntos para garantir uma grande disponibilidade dos serviços de prevenção do HIV, associados à terapia anti-retroviral", defendeu.
Uma séries de actividades estão previstas para o lançamento simultâneo da iniciativa de prevenção do HIV em quatro cidades, nomeadamente Joanesburgo (África do Sul), Ouagadougou (Burkina Faso), Cartum (Sudão) e Addis Abeba (Etiópia).
Entre as entidades que vão assistir ao lançamento da iniciativa em Addis Abeba figuram o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, o presidente da Comissão da UA, Alpha Oumar Konaré, as primeiras damas do Rwanda e da Etiópia, representantes da ONU, de organizações regionais internacionais, do corpo diplomático e do sector privado.
Membros de associações juvenis e de mulheres, celebridades e pessoas infectadas com o HIV/Sida são igualmente esperadas no evento.
A OMS declarou que o objetivo global da campanha é de "intensificar a aceleração da prevenção do HIV no continente e construir um poderoso movimento político e social que possa finalmente derrubar e bloquear a progressão do HIV que fez dois milhões e 400 mil vítimas em África apenas em 2005".
Desde que a pandemia eclodiu nos anos 80, cinco milhões de pessoas foram infectadas na África e a esperança de vida em alguns países africanos baixou até 32 anos.
África possui 12 milhões de órfãos da Aids e este número poderá passar para 19 milhões até 2010.
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