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(GMT+08:00) 2006-04-07 15:06:29    
Museu de Lápides do Templo Wenmiao

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Na extremidade sul da Avenida do Povo, no centro da cidade de Suzhou, se encontra um conjunto de grandiosos edifícios antigos rodeados por uma vedação amarela. É o famoso templo chamado templo de Confúcio. Ali, tinham lugar os sacrifícios a Confúcio, o santo do confucionismo. Foi Fan Zhongyan, político famoso da dinastia Song do Norte, que mandou construir este templo, em 1035, quando assumiu o cargo do governador de Suzhou. Naquela altura, o templo ocupava uma superfície de dez hectares. Fan Zhongyan criou ali uma escola, transformando o templo num lugar de ensino.

Hoje em dia, o templo atrai muitos turistas, não apenas por causa dos seus grandiosos edifícios, mas também, pelo museu de lápides.

As lápides constituem uma arte tradicional da China. Os artesãos gravam cuidadosamente réplicas de caligrafia ou pinturas, o que permite que possam ser apreciadas durante longo tempo, e é forma de conservá-las e transmitir à posteridade.

Os museus de lápides do nosso país são raros, o mais conhecido no gênero sendo a floresta de lápides de Xi'an, que tem principalmente com esculturas de sutras e caligrafias das dinastias Han e Tang.

Mas esta tradição em Suzhou adquire forma especial. Primeiro, porque em Suzhou se concentravam muitos intelectuais e não faltavam ali calígrafos e pintores de nomeada e artesãos que sabiam escrever e pintar nas lápides. Suzhou sendo uma cidade cultural antiga, com muitos jardins, tinha também por tradições colocar neles lápides com réplicas de caligrafia para apreciação dos veraneastes. Outra razão para desenvolver desta tradição é o fato de na região do lago Taihu, haver muito felspato que pode ser facilmente gravado.

No museu de Wenmiao, as três lápides da dinastia Song--- o mapa de Pingjiang, Mapa Astronômico e Mapa Geográfico--- são as mais preciosas e estão sob proteção estatal.

O Mapa de Pingjiang é um raro plano de distribuição municipal. Foi gravado em 1229 e tem 2,84 metros de altura por 1,4 metros de largura. Pingjiang é o nome antigo de Suzhou. Dele se pode ver o aspecto da Suzhou dos song, com as suas colinas, lagos, muralhas, rios, as sedes governamentais, ruas e mosteiros e ainda os pagodes, pontes e jardins, semeados pela cidade para além da indicação das ruínas, já então existentes, lojas comerciais, a famosa Academia de Estudos Clássicos, as casas do povo, o conservatório, pórticos e muitas outras construções. O mapa é duma grande minúcia e uma maravilha como se conseguiu fazer um mapa tão delicado há mais de 800 anos. Este é considerado o traçado original de Suzhou.

O Mapa Astronômico é o mais antigo do oriente no seu tipo. Dizem que o mais antigo mapa astronômico da China foi feito por Zhang Heng (78 a 139) na dinastia Han, mas dele hoje não há copia. Em alguns túmulos antigos imperiais, descobriram-se alguns mapas deste gênero, mas muito simples e inexatos. Só este mapa astronômico é rico pela sua exatidão. Se atentarmos a que foi feito no século XIII, quando ainda não havia aparelhos sofisticados de medição e que as baseia apenas em documentos anteriores e observações oculares, o seu registro é dum incalculável valor. Tem 2,66 metros de altura e 1,16 metros de largura e se divide em duas partes, a superior constitui o mapa astronômico, tendo a Estrela Polar como centro, e registrando 1440 estrelas. Na parte inferior há um registro com 2091 caracteres expondo sucintamente os conhecimentos astronômicos de então. Sendo considerado o mais antigo do mundo, o seu valor é reconhecido por quantos estudiosos dele se valem nas suas investigações.

O Mapa Geográfico é também o mais antigo da geografia da China, os elaborados antes dele tendo desaparecido todos. O original está hoje guardado no Museu de Suzhou. Esta também se divide em duas partes, mapa e notas. O mapa em si mostra nitidamente a topografia e divisões administrativas da China. Quase coincide com os mapas topográficos atuais, à exceção da linha litoral e à incerteza que se percebe quanto às origens dos rios Changjiang e Huanghe. É, no entanto, valioso como prova dos conhecimentos da altura.

Além destas três grandes lápides, há ainda muitas outras preciosas no museu como lápide com os relatórios que descrevem como foi abafada a rebelião do período da dinastia Qing, e as lápides com peças de caligrafia da mesma dinastia para além de muitas outras. Ainda ali se encontram 223 lápides com dados históricos valiosos sobre economia, porque na dinastia Qing, Suzhou era uma região mercantil típica avançada---o local onde germinou o sistema de livre circulação comercial. Estas lápides são considerados arquivos, dados da primeira mão para a investigação da historia do desenvolvimento da economia local.

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