A China valoriza a amizade e cooperação com nações da América Latina, declarou dia 31 de março um dirigente do Partido Comunista da China(PCCh).
"A China e a América Latina tem melhorado suas relações políticas e aprofundado suas relações comerciais nos últimos anos", disse Luo Gan, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do PCCh.
Luo fez os comentários ao reunir-se com José Antônio Cafiero, presidente da Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina e o Caribe (COPPPAL).
O comércio entre a China e a América Latina ascendeu a US$50 bilhões em 2005, e a China se tem transformado na terceira maior parceria comercial da América Latina, indicou Luo.
A Conferência Permanente, como uma importante organização e fórum político regional, tem desempenhado um papel positivo no processo de integração política, econômica e regional da América Latina.
Luo mencionou que o PCCh impulsionará seus intercâmbios e cooperação com a conferência permanente e seus partidos para promover as relações entre a China e a América Latina de maneira ampla.
Cafiero disse que sua organização está muito interessada no desenvolvimento econômico e social da China, e que a China é um importante fator para manter a paz mundial e impulsionar o desenvolvimento comum.
A Conferência Permanente concede importância às relações com o PCCh, disse Cafiero, assinalando que a organização continuará persistindo na política de "uma China" e apoiará a causa da reunificação da China.
Em uma entrevista exclusiva concedida dia primeiro de Abril à Agência de Notícias Xinhua, Cafiero, pediu uma parceria estratégica mais estreita entre a América Latina e a China no caminho por construir um "mundo multipolar".
"Os latino-americanos e os chineses compartilhamos princípios comuns, como a crença em que é possível construir um mundo pacífico e governado multipolarmente, não simplesmente administrado unilateralmente pelos Estados Unidos", indicou o líder da COPPPAL, sublinhando que a mentalidade do atual governo norte-americano "não traz ao mundo nem paz nem prosperidade".
Cafiero, quem chegou dia 24 de março a Beijing para uma visita de nove dias à China, chefiando uma delegação da COPPPAL. "É a mensagem que vim trazer à China e temos que pensar seriamente em uma sociedade estratégica entre os países da região Ásia-Pacífico e os países da América Latina".
Cafiero rechaçou que o crescimento econômico da China constitui uma ameaça para a América Latina. "O progresso econômico e o câmbio social das últimas décadas na China me pareceu algo revolucionário". O crescimento econômico chinês se tem baseado na própria iniciativa da China. "Os chineses o tem obtido combinando as normas do mercado com um sistema socialista", disse ao afirmar que o modelo chinês tem funcionado bem.
"Minha presença aqui na China é uma representação dos latino-americanos para estudar, compreender e aprender o modelo chinês, para que conheçamos e nos adatemos melhor a nossas próprias realidades", afirmou.
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