O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva disse dia 27 que seu governo ampliou o programa de farmácia popular que prevé descontos de 90% a pacientes na compra de remédios caros.

Em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", Lula se referiu à importância do programa para atender às pessoas de baixos recursos, em especial a quem padecem hipertensão e diabetes.

"Estão os postos de saúde de onde os remédios se conseguem gratis, estão as farmácias populares construídas pelo governo federal de onde se paga mais barato", disse Lula.

"Agora está o acordo do governo com as farmácias privadas que vai economizar 90% em cada remédio que o paciente compre para hipertensão e diabetes", explicou.

Criado em 2004, o programa Farmácia Popular conta com 120 unidades próprias em 88 cidades do país.

Na semana passada, o governo expandiu o plano com a adesão de 1200 farmácias privadas que venderão remédios com desconto.

Desde sua criação, o programa beneficiou brasileiros cerca de 15 milhões de medicamentos indicados para tratar as enfermidades com maior incidência no país.

Dos dez remédios mais solicitados, oito são indicados para o tratamento de diabetes e hipertensão.

"Não queremos que o Brasil continue sendo um país em que as pessoas vão ao médico, saem com a receita, não tendo dinheiro para comprar, guardam a receita e muitas vezes morrem sem poder comprar o remédio", sublinhou o presidente brasileiro.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, quase 52 por cento dos brasileiros abandonam seus tratamentos por falta de dinheiro para comprar os remédios.

Para que os medicamentos da Farmácia Popular sejam oferecidos em farmácias privadas, o ministério de Saúde desenvolveu um sistema de co participação, no que o governo federal e pacientes dividem os gastos.

O governo brasileiro assumirá entre 50 e 90% do preço do medicamento.