Com a visita oficial do presidente russo Vladimir Putin à China realizada na semana passada, começou o Ano da Rússia 2006 neste País. O evento abre um amplo leque de intercâmbios e cooperações nas áreas política, econômica, cultural, educacional, científica e tecnológica entre os dois países.
A abertura do evento foi anunciada oficialmente na noite da terça-feira passada no Grande Palácio do Povo, com os discursos do presidente chinês, Hu Jintao e de seu homólogo russo, Vladimir Putin, bem como o espetáculo exibido por artistas provenientes do Teatro da Rússia, um dos mais renomados daquele País. O evento inaugurou simultaneamente o Festival da Cultura Russa, um dos destaques do Ano da Rússia e que deve durar até janeiro.
Na cerimônia de abertura, o presidente chinês Hu Jintao destacou a iniciativa da promoção do evento.
"Trata-se de um importante passo dos dois países para aprofundar a amizade, estreitar as cooperações e fortalecer as relações estratégicas sino-russas".
No discurso proferido por Vladimir Putin, os intercâmbios no âmbito cultural foram sublinhados.
"Os intercâmbios na área cultural estão se reforçando. Na Rússia, há um número crescente de pessoas que estudam o idioma Chinês e que se interessam pela cultura chinesa. Tenho a plena convicção de que o Festival da Cultura Russa despertará a ampla atenção dos amigos chineses e revitalizará os intercâmbios culturais entre dois povos".
Interpretado pela orquestra do Teatro da Rússia, o Festival Overture, de Shostakovich, iniciou a maravilhosa apresentação da noite. O elenco composto por 280 artistas de altíssimo nível trouxe para os espectadores chineses trechos clássicos como Quebra-nozes, Boris Godunow, Eugene Onegin, etc.
O vice-diretor do Comitê Organizador do Festival, Ding Wei, falou sobre o assunto.
"A Rússia é um dos berços da arte mundial, que exerceu profundas influências sobre a cultura mundial. O festival que estamos promovendo visa exibir de maneira ampla e profunda o fascínio da arte clássica russa, como bale, sinfonia, canções folclóricas, ópera, teatro, pintura, bem como da arte contemporânea".
Dia 22, começou na Galeria Nacional de Belas Artes a exposição 300 anos da Arte Russa, que reúne 110 obras artísticas russas criadas entre séculos XVIII e XX e colecionadas pela renomada Galeria Tretiakovskaya. Nomes como Repin, Ivan Kramskoy, H. H. Mnuksnu e Isaak Levitan lideram a lista de gênios que estão sendo expostos.
A visitante, Bo Aiyun, ficou emocionada com a mostra.
"As telas a óleo possuem uma posição relevante na arena artística internacional. Estou feliz por poder apreciar aqui uma exibição de alto nível, que abrange obras produzidas por grandes mestres. O Ano da Rússia nos oferece esta oportunidade".
Paralelamente, a exposição de arte contemporânea Rússia Aberta está aberta ao público chinês. Pinturas, esculturas e centenas de obras produzidas por materiais sintéticos abrem a porta para os chineses conhecerem a evolução da arte moderna e contemporânea russa.
O diretor da Galeria Nacional de Belas Artes, Fan Di´an, opinou sobre as duas exposições.
"As obras clássicas russas são muito respeitadas no nosso País. O tesouro trazido pela Galeria Tretiakovskaya nos possibilita uma chance de dar uma olhada ao passado, enquanto a mostra Rússia Aberta nos permite acompanhar o caminho seguido por artistas russos de três gerações na época contemporânea. A combinação é fantástica".
Além dos intercâmbios entre instituições oficiais de duas partes, os intercâmbios entre instituições privadas também estão muito ativas. Dia 17, uma equipe composta por 50 estudantes russos provenientes de Moscou e de São Petersburgo se reuniu com estudantes da Universidade de Beijing por motivo da inauguração do Festival Artístico entre Estudantes Universitários Sino-Russo. Você está ouvindo as canções folclóricas apresentadas por alunos russos.
Para Anna, vinda de São Petersburgo, a atividade ajuda no conhecimento mútuo de jovens dos dois países.
"O festival impulsiona o entendimento mútuo entre jovens de dois países. Para nós, estudantes russos, o papel será ainda maior, porque a maioria dos membros da nossa delegação visita a China pela primeira vez. Trata-se de uma viagem muito frutífera em termos da ampliação de conhecimentos sobre este País milenar".
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