No contexto da visita do vice-presidente José Alencar, o Conselho Empresarial Brasil China promoveu um seminário que reuniu representantes de 27 empresas e 300 empresários brasileiros e chineses. O objetivo do encontro era ampliar o leque de informações e os contatos diretos entre os participantes.
O presidente da secção chinesa do Conselho Empresarial China-Brasil, Miao Gengshu, abriu o fórum com um discurso sobre a atual conjuntura das relações comerciais bilaterais, especialmente na área dos intercâmbios econômicos e comerciais e a redução dos litígios comerciais. Durante sua fala, ele pediu o estreitamento dos contatos entre as duas secções do Conselho para garantir o bom funcionamento do organismo, bem como a ampliação da entidade.
Foi exatamente isso o que aconteceu por ocasião do Fórum. A empresa chinesa Neusofte e a brasileira Politec assinaram um memorando de entendimento para a formação de uma parceria na área de informática. Segundo o documento, as duas empresas se comprometem a trabalhar conjuntamente para estruturar modelos de negócios sustentáveis, visando implementar centros de manutenção de aplicativos na China, prover serviços para o governo e/ou clientes privados na China, ou ainda, de outros países interessados em outsourcing offshore de serviços de ciclo de vida de aplicativos. Para a Politec, a China representa um grande mercado para suas expertises, notadamente nos serviços bancários.
Numa entrevista exclusivamente concedida a nosso correspondente, o economista-chefe do Banco Bradesco, Octávio de Barros, falou sobre as perspectivas sobre as relações comerciais entre o Brasil e a China. O economista foi longe, ao avaliar o grau de importância dos dois países para a economia mundial nas próximas décadas. Ouça o que ele disse sobre o BRICs.
Ainda em Shanghai, os empresários brasileiros que operam na China lançaram oficialmente o Fórum Brasil, uma entidade privada e sem fins lucrativos que reúne empresas do porte da Embraer, Companhia Vale do Rio Doce, Petrobrás, Embraco etc.
A iniciativa, cada vez mais comum entre os empresários brasileiros que atuam no exterior, conta com o apoio da embaixada brasileira em Beijing e do Consulado Geral do Brasil em Shanghai.
O seminário promovido pelo Conselho Empresarial Brasil China foi encerrado por José Alencar. Na ocasião, ele reiterou a vontade do governo Lula de estreitar as cooperações nos setores comercial, diplomático e cultural. Ele disse que o Brasil e a China são dois os países países respectivamente na Ásia e na América Latina com grande potencialidade de desenvolvimento econômico. O Brasil e a China têm de desenvolver suas relações econômicas e comerciais além de cooperações já existentes...
Na avaliação de todos os presentes e participantes, o seminário atendeu ao seu objetivo, ou seja, criar uma plataforma para a aproximação dos empresários brasileiros e chineses. O contato direto, inclusive, também será beneficiado pelo acordo de cooperação entre a Varig e a Air China. As duas gigantes da aviação civil internacional assinaram um convênio para a realização de vôos em regime de code share. Os vôos começarão em abril e interligam São Paulo, Beijing e Shanghai com uma escala em Frankfurt, na Alemanha.
|