Na cúpula das Nações Unidas realizada em setembro do ano passado, o presidente chinês, Hu Jintao, proferiu um discurso intitulado "Esforçar-se para construir um mundo harmonioso com paz perpétua e prosperidade comum", explicando o conceito de "Mundo Harmonioso". A idéia que despertou grande atenção da comunidade internacional, mostra a determinação da China para seguir um caminho de desenvolvimento pacífico. Ouça a seguir a entrevista exclusiva da nossa reportagem com a porta-voz das relações exteriores da União Européia (UE), Emma Udwin.
Apesar da intensa agenda, Emma Edwin nos concedeu uma entrevista. A diplomata britânica falou sobre a proposta de Hu:
"Dedicamos atenção ao discurso feito pelo presidente chinês em setembro passado. Os discursos dos líderes chineses nos últimos anos mostram o desejo da China de buscar o desenvolvimento pacífico. A China está se tornando uma potência econômica através dos intercâmbios mundiais. Enquanto isso, o país está envidando os esforços pela paz regional. Consideramos que a China tem necessidade de desempenhar sua potência no setor. A China está encaminhando na concretização do desenvolvimento pacífico, enquanto a UE está em busca da cooperação com a China".
Nos últimos anos, as relações política e econômica entre a China e a UE vêm se desenvolvendo rapidamente, enquanto as relações de parceria estratégica estão cada vez mais maduras. No ano passado, pela passagem do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas partes, os intercâmbios foram ainda mais dinâmicos. Além disso, ambas as partes chegaram ao consenso sobre vários problemas. Quanto a isso, Udwin disse impressionada:
"A China e a UE acham-se numa etapa de rápido crescimento, tornando-se importantes membros da comunidade internacional. Para as duas partes, as Nações Unidas devem desempenhar o papel prioritário na solução de problemas internacionais. Isso não é uma escolha técnica, mas sim uma importante escolha política. Esse é um ponto comum entre nós".
Ela ainda apresentou os importantes projetos de cooperação entre a China e a UE no último período. Ao falar sobre a cooperação e perspectivas em setores de segurança não tradicional, ela assinalou:
"Dedicamos atenção à cooperação com a China no setor de não proliferação. Especialmente, o desempenho da China na volta da RPDC à mesa de negociações sobre a questão nuclear. Na nossa opinião, a solução desta questão enfrenta vários desafios. A China desempenha um papel insubstituível e prioritário. A UE está disposta a cooperar com o país na arena internacional".
Udwin apreciou os esforços e as contribuições chinesas na ajuda internacional e na luta contra a pobreza. Além disso, segundo ela, a UE espera mais estreita cooperação com a China nesses setores, promovendo juntamente a concretização do objetivo do desenvolvimento do milênio das Nações Unidas.
A China tem expressado sua decisão, ou seja, persistir no desenvolvimento pacífico, o que vem ganhando cada vez maior confiança e consenso. Udwin acrescentou:
"Não achamos que a China seja uma ameaça. Ao contrário, consideramos que o desenvolvimento rápido da China é uma oportunidade. Queremos que a UE se torne o parceiro da China, além de ampliar nossa amizade".
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