A riqueza crescente da China favorecerá México e a América Latina em sua conjuntura, se esta área regional demonstra uma atitude positiva e de competitividade, afirmou o presidente do grupo industrial Maseca, Roberto Gonzáles Barrera.
Ao participar do Primeiro Fórum "Oportunidades na relação econômica e comercial entre a China e México e seu contexto latino-americano", o empresário disse que a nação asiática e os EUA são o motor da economia mundial.
Ele disse ainda que a China está muito aberta ao investimento estrangeiro, e neste sentido, o governo chinês também é aberto em negociações, o qual lhes tem permitido converter-se no principal competidor comercial mundial.
A este respeito, González Barrera assinalou que a China lhe interessa também aprender de outros países em matéria de comércio e investimento.
Por sua parte, o presidente da empresa têxtil Sinatex, S.A de C.V, Li Jian Hua falou de experiência deste consórcio da capital chinesa e suas bases de funcionamento no México e recomendou a este que realiza uma reforma fiscal.
Sobre o tema, explicou que os custos de mão de obra e de energia eléctrica no México são muito mais altos que na China.
Como exemplo, ele mencionou que na China, o imposto sobre a renda é de 33%, porém, o governo chinês tem aplicado uma política de exceções.
No que foi o papel "Empresas com experiência no México e na China: Propostas de Cooperação Econômica e Comercial Bilateral", ele destacou que este grupo empresarial tem invertido a fecha uns 2,8 bilhões de dólares americanos.
Disse ainda que Sinatex tem gerado muitos empregos no México e desde o ano 2001 tem contratado mais de 2800 trabalhadores mexicanos.
Além de ter um investimento quantitativo no México, a China tem atualmente uma capacidade produtiva muito maior que a que necessita, expressou no seu discurso Li Jianhua.
Por sua vez, o presidente da Sessão Internacional para a Ásia e a Oceania do Conselho Mexicano de Comércio Exterior, Investimento e Tecnologia, AC.(COMCE), Manuel Uribe Castaneda, assinalou que a China se está perfilando como um país mais impportante do mundo em matéria de comércio.
Expressou que "não há milagre chinês, só eles estão fazendo o que tem feito desde sempre: vender".
Por sua vez, o presidente da Câmara Nacional da Indústria Têxtil do México (Canaitex), Rafael Zaga Kalach, destacou que a importância da China é que deve ser estratégica para o México.
Ele disse que o setor têxtil do México contribui ao desenvolvimento regional deste país, já que se encontra espalhado em vários estados da República Mexicana.
No entanto, a senadora Dulce Maria Sauri Riancho, assinalou que tem dois motivos de uma visão a longo prazo para o México: Definir as bases para uma associação estratégica e consolidar uma estratégia nacional que seja ampliada, equilibrada e de benefício mútuo.
Ao destacar o que chamou "ações necessárias a curto prazo", a presidente da Comissão das Relações Exteriores Ásia-Pacífico da Câmara de Senadores do México, propôs debater o reconhecimento da China como uma economia de mercado.
Sauri Riancho propôs consolidar alianças tecnológicas, para o qual, indicou que se devem buscar nichos, como seria em área de energia renovável, seja solar ou geológica, entre outras.
Quanto a ações a médio praço, ele citou, entre outras, consolidar manufacturas de alto nível tecnológico e alto valor agregado.
A longo prazo, a legisladora mexicana indicou, uma das ações é que o México se converta no principal elo de expansão econômica chinesa na América do Norte e América Latina.
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