A Organização Mundial de Saúde de Animais e a FAO da ONU confirmaram ontem (27) a descoberta de mais um foco da gripe aviaria no Níger. É o terceiro caso registrado na África, após a Nigéria e o Egito. Especialistas afirmaram que com o alastramento deste vírus no continente africano, os países africanos enfrentam um sério desafio na prevenção e combate à gripe aviaria.
A funcionária da FAO, Ilaria Cápua, disse ontem (27) numa reunião internacional sobre a gripe aviaria na França que os resultados de testes laboratoriais da entidade na Itália comprovaram que as amostras das aves mortas entregues pelo Níger estavam contaminadas pelo H5N1. Atualmente, duas regiões do Níger, inclusive a cidade de Magaria, na fronteira com Nigéria, foram atingidas pela gripe aviaria. O vírus foi descoberto num dos patos criados por uma família. A Organização Mundial de Saúde Animal informou oficialmente os resultados de testes e expressou o desejo de ajudar o governo nigerino a prevenir e combater a gripe aviária.
O porta-voz do governo nigerino, Mohamerd Bem Omar, afirmou ontem que seu governo já recebeu aviso da Organização Mundial de Saúde Animal e que o governo adotou imediatamente medidas contra este mal. O ministro de Saúde Pública, Ary Ibrahim, afirmou que o governo nigerino mobilizará escolas e organizações religiosas para divulgar conhecimentos sobre a gripe aviária e vai indenizar as famílias pelo sacrifício das suas aves atingidas.
O vírus H5N1 foi descoberto na Nigéria no dia 8 de fevereiro. Atualmente, 8 regiões da Nigéria, inclusive a região da capital Abuja, registram focos da gripe aviária, enquanto foram descobertos outros 14 focos no Egito.
O governo nigeriano criou um centro de prevenção e combate à gripe aviaria. Além de sacrificar as aves dos focos de contaminação, o governo nigeriano adotou medidas de desinfecção, quarentena, proibição do comércio de aves, etc. O governo liberou os fundos necessários para indenização das famílias produtoras. O governo egípcio também está adotando medidas preventivas.
A infra-estrutura nos países africanos não é das melhores. Por isso, os especialistas preocupam-se com a expansão do vírus da gripe aviária pelo continente e advertiram que o vírus pode contaminar os seres humanos.
Muitas famílias africanas não têm conhecimentos sobre doenças epidêmicas e isto desfavorece a prevenção e o combate à gripe aviaria. Por não suportar as perdas econômicas do sacrifício das aves, muitas famílias manterão o comércio clandestino de aves e seus derivados, despeitando a proibição do governo, o que aumentará o risco da expansão da gripe aviária pelo continente.
Especialistas advertem que o ricos a mutação do vírus da gripe aviaria aumentara em virtude da expansão da gripe aviária.. O alastramento deste vírus no continente africano poderia provocar a sua contaminação para seres humanos.
|