• Fanzine• Sobre CRI• Sobre o Dept.
China Radio International Thursday    may 15th   2025   
China
Mundo
  Notícias
  Economia
  Cultura
  Ciência e Tecnologia
  Esporte
  Turismo
  Diplomacia

Repórter

Cultura

Turismo

Sociedade

Etnias

Mundo Lusófono

Culinária
(GMT+08:00) 2006-03-01 10:10:48    
Buda de Mil Mãos na sociedade moderna

cri

Caro ouvinte...Anualmente, o programa televisivo da maior audiência na China é o espectáculo apresentado na CCTV na véspera do Ano Novo lunar chinês. E foi considerado o melhor programa no Espectáculo 2005 a dança Buda de Mil Mãos, interpretada por 21 bailarinos surdos-mudos. Em cerca de 6 minutos, a bela aparência dos bailarinos e a perfeita combinação de seus movimentos com ritmo musical causaram grande repercussão em todo o país. Nesta reportagem, vamos conhecer a principal bailarina do grupo: Tai Lihua, 29 anos.

Tai é a única bailarina chinesa a ter apresentado tanto no Carnegie Hall (EUA) quanto no Teatro Scala de Milão (Itália), dois palcos sagrados da arte clássica do mundo.

Logo após sua apresentação no Espectáculo da Festa da Primavera 2005, muitos amigos a congratularam pelo sucesso, mandando-lhe mensagens por celular.

"Tenho um amigo que nunca chorava, um homem muito rígido. Mas me enviou uma mensagem, dizendo que chorou do início até o fim da dança. As lágrimas dele não foram provocadas pela compaixão conosco, mas sim pela emoção perante o nível artístico que exibimos".

Na imaginação de Tai, a Buda de Mil Mãos é uma deusa que difunde o Amor pelo mundo.

A imagem da Buda de Mil Mãos foi construída no coração de Tai durante os ensaios. Segundo ela, por ser muito extrovertida, sempre ri. Ela levou isso para os ensaios. Foi criticada pelo diretor. Conforme ele, a Buda de Mil Mãos não pode sorrir abertamente. Para ela se adaptar melhor à personagem, o director lhe forneceu centenas de páginas sobre a lendária buda. Durante os ensaios diante do espelho do salão, Tai assimilou e cristalizou a sua própria interpretação sobre a Buda de Mil Mãos.

"A música me toca profundamente e expressa o que há de mais lindo em meu coração. Sinto sua cor, ao primeiro toque do tambor. Antes disso, tudo era muito escuro. De repente, no entanto, a cor vermelha invadiu a minha visão. Logo depois, surgiram outras cores. Aí comecei a interpretar a música conforme os meus sentimentos".

Tai perdeu a audição aos dois anos, em virtude de uma febre.

"Sentia um grande vazio em meu coração. Parece que eu estava muito longe dos outros".

Em seu sexto aniversário, acabou presenteada com um par de sapatilhas pelo pai. Aos quinze anos, começou a treinar profissionalmente o balé.

Sua estréia nos palcos ocorreu com a montagem Espírito de Pardal. "Eu precisava memorizar milhares de compassos", disse ao se lembrar do desafio.

Seu professor não nutria muitas esperanças no início, pois estava insatisfeito com seu rendimento. Então, ensinava apenas algumas movimentações simples, deixando-lhe praticar sozinha.

Sem solução, Tai esforçou-se para aprender a dança. Após exaustivos e repetitivos treinamentos, ela começou a sentir o poder de interação entre o calor do fluxo de seu sangue e o suave movimento de seus compassos.

Depois de uma semana, conseguiu dar trezentos giros de uma só vez. Exercitou os movimentos dos braços até os cotovelos incharem. Vendo seu rendimento, o professor voltou a depositar esperanças em seu futuro.

Segundo Tai, na verdade, ela vivia mergulhada num ambiente de muita harmonia. A dor e o sofrimento não lhe deixaram depressão. A alegria é a razão de seu viver.

A formação dos bailarinos na Buda de Mil Mãos de que Tai gosta mais é quando todos bailarinos se perfilam e estendem suas mãos, a fim de formar a imagem da Deusa.

Para mim, a Buda de Mil Mãos estende suas mil mãos para ajudar as pessoas que se encontram em dificuldades. Ao mesmo tempo, nós, bailarinos, nos sentimos agradecendo à sociedade por todas as contribuições que nos deram.

Tai é um exemplo de vida. Jamais desistiu de viver em função de sua deficiência auditiva. Ela não se queixa do destino...Sorri para o mundo. As dificuldades em sua vida, ao contrário do que expressou, podem não ser tão sutis. Mas, o que ela e seus companheiros querem manifestar através da apresentação é o seu otimismo e a disposição de fazer retribuições à sociedade.

Post Your Comments

Your Name:

E-mail:

Comments:

© China Radio International.CRI. All Rights Reserved.
16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040