Segundo um artigo publicado pelo JTM, José Drummond AKA Dj D'Mond está bem satisfeito em Beijing, capital da China depois de uns tempos de sua apresentação. Aos 40 anos tem o mundo a seus pés - ou na ponta dos dedos: lançou um disco, tem mais dois em fase final de preparação, e foi incluido na lista dos 250 disc-jockeys mais populares do mundo
Apesar do sucesso da música que passou ao longo dos últimos meses lhe ter dado um enorme gozo, "gosto do contacto com o público, é a adrenalina de quem passa música", de ter tocado em Cantão em Novembro último com dois dos melhores dj's da actualidade - Sasha e John Digweed - e de ter conquistado o público chinês de Shenzen a Harbin como cabeça de cartaz do China Tour de uma conhecida marca de Whiskie, D'Mond atravessa um período de intensa criação musical. Fazer música é neste momento "a minha principal prioridade." Esta 'nova/velha' veia (aos 14 anos teve as primeiras bandas de Liceu e deu espectáculos públicos, "mas depois a vida deu umas voltas e as prioridades foram outras") ficou mais saliente nos últimos meses, durante a permanência entre Novembro e Janeiro últimos na capital chinesa.
A oportunidade de ir para Pequim surgiu a seguir à festa com Sasha e John Digweed em Cantão, o ano passado, no terceiro fim-de-semana de Novembro. Uma mega-festa onde estavam vários promotores: "de alguma forma o trabalho tornou-se visível. Surgiu uma nova proposta, que pelos valores financeiros e pelo atractivo da situação, de ir tocar para Pequim, aceitei". O desafio era fazer a abertura de um clube, o Goblet, com capacidade para 1500 pessoas.
D'Mond tocou pela primeira vez em Pequim no Outono de 2002, "fiquei então com a noção de uma cidade muito fechada, com pouca vida nocturna, sem grande interesse a esse nível. Mas nos três shows que fizémos no ano passado fiquei com uma noção totalmente diferente, a cidade está abrir-se a vários níveis e a vida nocturna tem muito mais energia do que há três anos. Portanto, partia com essa expectativa, não é Xangai, mas vamos lá. E de alguma forma confirmou-se." Por isso, D'Mond considera que "as coisas mudaram muito, imenso. Pequim tem neste momento uma movida própria, ao ponto de começar a fazer frente a Xangai. Pequim tem uma movida mais 'underground', mas uso o adjectivo no bom sentido. Quem vai a Shanghai encontra uma cidade mais cosmopolita com influências ocidentais, também dos tempos dos franceses, os clubes cheios de gente estrangeira, menos chineses do que seria desejável...em Pequim é exactamente ao contrário!"
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