Ao responder uma pergunta dos jornalistas sobre se a grande capacidade industrial pode causar deflação, Li Deshui, funcionário do Birô Nacional de Estatísticas da China, disse que não há sinais notáveis de inflação ou deflação na China.
Mas advirtiu que há uma "severa sobrecapacidade" em algumas indústrias, indicando que a capacidade de produção de aço poderia chegar a 600 milhões de toneladas se todas as plantas entram em operação, comparado com a produção de aço total mundial de 1.000 milhões de toneladas em 2004.
Cerca de duas terças partes dos economistas recentemente entrevistadas pela NBS disseram que "não é muito provável" que haja deflação este ano.
Li comentou que os elementos inflacionários, incluindo o rápido crescimento da oferta de dinheiro, também existem.
A China recebeu US$60,3 bilhões em investimento estrangeiro direto, que representa uma desaceleração de 0,5%. "Isso és muito estável e não gera preocupação. Não há nenhum fenômeno anormal", disse Li.
O investimento exterior no setor financeiro, que não se calcula como investimento estrangeiro direto, está aumentando.
Li rechaçou a afirmação de que a China puxou os preços petroleiros globais, dizendo que seu impacto foi "limitado". As importações netas chinesas de óleo bruto e refinado baixaram 5,3% em 2005.
Seguindo os três fortes motores de crescimento (investimento, consumo e exportações), as estáveis políticas macroeconômicas e as prudentes políticas fiscal e monetária, a economia chinesa está cheia de vigor, disse Li, indicando: "Sou cautelosamente otimista acerca da economia de 2006".
Afirmou que a economia ainda enfrenta o desafio de "débeis vínculos em agricultura, dificuldades no aumento da produção de cereais, no aumento da renda dos camponeses, na escala de investimento, estruturas econômicas que não são muito racionais, e ineficientes modelos de crescimento".
Song Guoqing, professor de economia na prestigiosa Universidade de Beijing, prevê que o crescimento deste ano será similar ao de 2005.
Assinalou que o investimento permanecerá o suficientemente forte para compensar uma possível desaceleração no crescimento das exportações, já que o gasto do consumidor não se incrementará muito a curto prazo.
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