 O zaju, drama poético musicado, prosperou muito na dinastia Yuan (1271-1368). O zaju reuniu canções, diálogos, danças e coreografias para formar uma nova forma teatral. Criaram-se muitos libretos e as peças representadas registradas rondam as cinco centenas, sendo o número dos dramaturgos de cerca de oitenta. Guan Hanqing, foi o grande dramaturgo e o fundador do teatro chinês. Escreveu mais de sessenta libretos de zaju de que, no entanto, e lastimavelmente, pouco mais de uma dezena chegaram aos nossos dias; refiram-se, a título de exemplo, A Injustiça de Dou'e e o Sonho da Borboleta que revelam a escuridão da sociedade de então; Salvar o Vento e a Poeira, Pavilhão de Wangjiang e Pavilhão das Reverências à Lua descrevem a vida das mulheres da camada social inferior, nomeadamente, das prostitutas; o Sozinho no Banquete louva o herói Guan Yu, do reino Shu, que se apresenta, sozinho, a um banquete de Lu Su, do reino Wu, um seu inimigo.
Na dinastia Ming, o teatro chinês entrou num período extremamente rico de criação e surgiram muitas peças famosas. O dramaturgo Tang Xianzu (1550-1616), um representante famoso, criou uma nova forma teatral---o chuanqi, ou drama poético. Os seus "Quatro Sonhos de Linchuan" promoveram o drama chinês. São eles o Pavilhão da Peonia e a História do Gancho de Cabelo Purpúreo, que conta os amores de Li Yi e Huo Xiaoyu; a História de Handan, em que Lu Sheng sonha que após ter passado o exame imperial, por suborno, lhe é oferecido um cargo oficial, de que acaba por ser demitido para finalmente o recupera; e o último dos quatro a História de Nanke sonho de Chun Yufen, em que após o casamento com uma princesa é nomeado para governante duma prefeitura. Depois de despertar desiludido do mundo, morre, apático, sentado. O primeiro, destas peças, conta a história de amor de Du Liniang e Liu Mengmei, em que ambos lutam contra os ritos feudais e procuram casar livremente para ser felizes. A história, fantástica, com a sua protagonista que morre e torna à vida, fizeram desta peça uma excelente obra romântica da história do teatro chinês.
Nesta dinastia, um novo tipo de novelas, denominaddo zhanghui, cujos capítulos intitulados resumem o seu conteúdo principal, entrou no seu período de maturação.
O Romance dos Três Reinos da autoria de Luo Guanzhong, foi a primeira obra deste tipo. Descreve as lutas politicas militar e diplomática entre os reinos de Wei, Shu e Wu, de 184 a 280. A beira da Água, de Shi Nai'an é um registro romanceado da rebelião camponesa dirigida por Song Jiang nos fins da dinastia Song do Norte. A obra traça o perfil de mais de uma centena de figuras rebeldes, tendo como cenário os conflitos existentes na sociedade feudal e exaltando o espírito combatente dos camponeses. "Peregrinação ao Ocidente" foi escrito por Wu Cheng'en, com base em lendas. A obra descreve como Sun Wukong, o Rei dos Macacos, ajuda o seu mestre um monge da dinastia Tang, a chegar ao Ocidente e a obter os sutras budistas. O romance reflete as aspirações do povo de lutar contra a exploração feudal e a Natureza e vai depois influenciar diretamente a criação das novelas fantásticas.
Pu Songling (1640-1715), Wu Jingzi (1701-1754) e Cao Xueqin (1715-1764) são os mais famosos escritores da dinastia Qing.
Contos Estranhos de Liaozhai, de Pu Songling é uma coleção de centenas de histórias populares, algumas puramente fantásticas, com espíritos e demónios e seres sobrenaturais, e outras de cariz satírico, em que Pu critica a sociedade em que vivia.
"Anedotas de Letrados" de Wu Jingzi é um romance satírico. Wu dirigiu o ferrão do seu espírito critico para a farsa do sistema de exames, "cliché" de admissão nos cargos oficiais e ironizou os comportamentos imorais dos nobres da camada social superior. Na história literária chinesa, Wu abriu caminho ao romance satírico.
O mais famoso romance da dinastia Qing foi O Sonho do Pavilhão Vermelho de Cao Xueqin. O autor nasceu no seio duma família aristocrática feudal. Aos dez anos, o seu pai foi demitido devido a lutas internas da corte e a família viu-se privada do luxo a que estava habituada. Viveu desde então na miséria e morreu aos cinquenta anos. O tema principal deste romance é a tragédia amorosa entre Jia Baoyu, Lin Daiyu e Xue Baochai. A prosperidade e decadência de quatro famílias feudais é em torno do Jia que o drama se desenrola, serve como palco onde o autor expõe e criticou o sistema feudal, predestinado a sua inevitável queda. O romance é admirado pelo seu enredo, descrição viva, linguagem rica e personagens bem caracterizadas.
O Sonho do Pavilhão Vermelho foi desde a sua publicação sempre muito apreciado pelo povo e é considerado uma obra de vulto no domínio da literatura mundial, isto apesar da classe dominante o considerar um livro imoral. Durante os últimos duzentos anos, o estudo deste romance desenvolveu-se e formou hoje uma disciplina.
Com a revolução de 1911, e posteriormente o Movimento do 4 de Maio de 1919, iniciou-se na China um novo período no domínio cultural e que marcou o inicio da historia da literatura moderna da China.
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