A Aids é a doença mais grave que ameaça a saúde da humanidade nos tempos contemporáneos. Ela matou, somente no ano passado, 3,1 milhões de pessoas em todo o planeta. Cientistas de todo o mundo vem se dedicando incansavelmente às pesquisas para encontrar uma cura.

A difusão de informações sobre a prevenção contra a doença e a conscientização da população ainda são os métodos mais eficazes para conter seu alastramento. A China se mantém atenta a esses trabalhos.

Recentemente, uma campanha de conscientização sobre a Aids voltada aos trabalhadores migrantes rurais, atraiu a participação de muitas pessoas além de mais de 20 especialistas que ficaram à disposição do público. Enquanto isso, voluntários distribuíam materiais de pesquisa e folhetos com métodos de prevenção aos transeuntes.

Um camponês deixou suas bagagens assim que desembarcou do trem para preencher o formulário de pesquisa distribuído pelos voluntários e pegar alguns folhetos. Ele foi entrevistado por nossa reportagem:

Repórter: De onde vem?

Passageiro: Venho da província de Henan.

Repórter: Porque saiu de sua terra natal?

Passageiro: Quero trabalhar na cidade.

Repórter: Você sabe como prevenir a Aids?

Passageiro: Conheço pouco. Ouvi algumas instruções nos programas de rádio e na televisão.

As cidades chinesas absorveram 120 milhões de camponeses ansiosos por trabalhar. A maioria não acumula conhecimentos básicos nessa área. Cerca de 65% deles se encontra na faixa entre 20 e 40 anos, são solteiros ou vivem temporariamente separados de suas esposas. O choque cultural provocado pelas cidades modifica a maioria dos conceitos e comportamentos sexuais.

Por causa disso, a China toma camponeses que trabalham nas cidades como uma principal multidão na difusão de conhecimentos de prevenção e tratamento de Aids. A este respeito, os departamentos governamentais e grupos sociais desenvolveram várias atividades. Além de fazer propaganda nos locais densamente povoados, o País realiza suas atividades nos meios de transporte.

Os trens são meios de transporte mais escolhidos pelos trabalhadores migrantes camponeses, pois, a difusão dos conhecimentos nos comboios está despertando a atenção do setor concernente. Há pouco, nosso repórter viu num comboio de Beijing para a Região Autônoma da Mongólia Interior que muitos passageiros estavam lendo materiais de propaganda distribuidos pelos voluntários da Cruz Vermelha da China. Um passageiro espanhol Iglisias disse à nossa reportagem:

"Na Espanha também há essa atividade semelhante. Considero que é uma boa propaganda especial. Penso que muitas pessoas serão beneficiadas nessa atividade".

Em outros trens também foram promovidas tais atividades. Jiang Yiman, vice-presidente da Cruz Vermelha da China, acentuou:

"Consideramos que quanto à prevenção da Aids, camponeses migrantes que trabalham nas cidades devem ser uma multidão mais preocupada pela sociedade".

Há pouco, o governo chinês iniciou, entre 2005 e 2010, mais um outro programa para a propaganda de conhecimentos de prevenção da Aids aos camponeses que retomem das cidades à sua terra natal, segundo o qual, eles podem receber os materiais de propaganda e anticonceptivos. O governo chinês deseja que até o final de 2006, 65% dos trabalhadores procedentes das zonas rurais terão os conhecimentos nesse terreno através de uma série de atividades e até o final de 2010, a porcentagem atingirá mais de 85%.