O índice de crescimento econômico da China para 2006 será próximo a 9%, o que representa uma ligeira queda do nível do ano 2005, previu o Diário de Informação Econômica, num artigo publicado em fins de 2005, citando um repórter do Centro Estatal de Informação (CEI).
Tanto o ambiente nacional como o internacional que enfrenta o crescimento econômico chinês em 2006 serão muito bons e se espera que a economia chinesa mantenha um elevado índice de crescimento e uma baixa inflação em 2006, informou o CEI.
"O consumo interno aumentará rapidamente no próximo ano", expressou Hu Shaowei, investigador do CEI, atribuindo isso à estável melhoria da capacidade de consumo dos camponeses, o notável aumento do ingresso de residentes urbanos, assim como ao melhoramento dos sistemas de bem-estar social.
As cifras mostram que o volume de venda a varejo dos bens de consumo tem mantido sua taxa de crescimento de entre 12 e 13% durante quase 20 meses, e é possível que o consumo na China aumente num futuro próximo.
Embora as exportações tenham aumentado em mais de 20% durante quatro anos consecutivos, é difícil para o país manter essa aceleração nas exportação em 2006, o que seguramente afetará o desempenho econômico geral, indicou o repórter do CEI.
As crescentes discussões e barreiras comerciais internacionais, o aumento do preço de petróleo, as incertezas latentes na economia mundial, a possibilidade de uma maior valorização do yuan e a redução nos reembolsos de impostos de exportações, frearão o acelerado crescimento das exportações, explicou o CEI.
Desde que a China ingressou a Organização Mundial do Comércio (OMC) há quatro anos, as crescentes exportações se têm transformado em uma robusta força promotora da economia no país. Mais de 70% da economia chinesa agora depende do comércio exterior.
Durante o período de janeiro a novembro de 2005, o volume de comércio exterior aumentou 23,5% alcançando US$1,282 trilhão, convertendo a China em um país altamente dependente da demanda exterior.
Apesar de que as exportações podem continuar aumentando em 2006, o índice de crescimento diminuirá, disse o CEI.
As políticas de macrocontrole que seguirá o governo chinês no próximo ano permanecerão estáveis e consecutivas, afirmou Qian Minze, investigador do CEI.
O próximo plano quinquenal da China(2006-2010) indica que o ano 2006 pode ser o ponto de partida para que o país reajuste sua economia através da desaceleração de investimentos sobreaquecidos e o estímulo do consumo.
Em 2003 e 2004, o índice de crescimento econômico anual foi de 9,5%, e nos primeiros três trimestres de 2005, a cifra foi de 9,4%.
O índice de crescimento da economia poderia diminuir até 6,7% em 2006, de acordo com uma previsão do economista de Morgan Stanley, Stephen Roach.
O Birô Nacional de Estatísticas, sem embargo, espera que a economia chinesa aumente a uma taxa de entre 8,7% e 9,2% em 2006 e nos cinco anos seguintes, a uma taxa média de 8%.
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