A Sexta Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) foi encerrada dia 18 de dezembro do ano passado em Hong Kong, ocasião em que obteve alguns progressos sobre a entrada de produtos agrícolas e não agrícolas no mercado. A China participou nas negociações em diversos setores. Especialistas consideraram que nos últimos quatros anos desde seu ingresso na OMC, a China cumpriu suas promessas e abriu o mercado interno, tornando-se um membro ativo da OMC.
Quanto ao comportamento da China na conferência ministerial da OMC em Hong Kong, o secretário-geral da entidade, Pascal Lamy, considerou que a China expressou sua arte nas negociações comerciais multinacionais:
"A China é uma negociadora muito inteligente. Sua técnica de negociação é uma arte muito antiga."
Na qualidade de anfitriã da conferência, a China se propôs a mediar os interesses de países membros em desenvolvimento. A delegação chinesa pediu a isenção de impostos alfandegários sobre todos os produtos exportados por 49 membros menos desenvolvidos, além de anunciar políticas preferenciais aos membros em desenvolvimento."
Quanto a isso, o ministro do Comércio chinês, Bo Xilai, assinalou:
"No processo de promoção da liberalização do comércio mundial, é importante conduzir os membros em desenvolvimento encaminharem os passos mais rápidos. Devido a isso, vamos ampliar a concessão de políticas preferenciais. Além disso, esforçamo-nos para chegar a um consenso sobre os problemas de algodão, de maneira que os membros em desenvolvimento ganhem as vantagens práticas e aumentem sua confiança sobre as negociações de Doha."
A atitude da China é uma notícia positiva para os camponeses pobres dos países em desenvolvimento. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita da China atingiu apenas a mais de US$1400 bilhões, cifra esta ocupando o nível mais baixo. Enquanto isso, a maioria da população chinesa é camponesa. Segundo Bo Xilai, apesar das dificuldades enfrentadas pela China, o país está dando as contribuições para o mundo. No ano passado, a China importou US$600 bilhões em mercadorias, criando um novo mercado para o mundo. Enquanto isso, o governo chinês anunciou o perdão de todas as dívidas dos países devedores antes do final do ano passado.
Sendo o maior país vítima do protecionismo comercial internacional, a China apressou os membros da OMC a ratificarem seu status de economia de mercado e conterem o abuso da aplicação de medidas antidumping.
O vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Economia e Política Mundial, Li Xiangyang, analisou que a atitude do governo chinês na conferência de Hong Kong demonstrou sua participação ativa nas negociações comerciais multinacionais:
"A atitude da China foi muito ativa e positiva. Várias propostas apresentadas pela China representam as exigências da maioria dos membros em desenvolvimento, tais como, promover a liberalização comercial de produtos agrícolas e pressionar os membros avançados a abrirem seus respectivos mercados aos produtos não agrícolas. Por outro lado, a China exigiu que os membros da OMC reconheçam o mais cedo possível sua posição de economia de mercado. Tudo isso demonstrou que a participação chinesa das negociações comerciais internacionais é cada vez mais madura".
Enquanto isso, a China cumpriu suas promessas para o ingresso na OMC. Nos últimos 4 anos, o país reduziu quatro vezes os impostos alfandegários. Atualmente, o nível geral deste setor diminuiu de 15,3% para 9,9%.
A redução de impostos alfandegários de importações conduziu o rápido crescimento das importações chinesas, ou seja, por volta de 30%. Além disso, os baixos custos de mão-de-obra fizeram com que a China registrasse crescentes exportações, além de enfrentar um número cada vez maior de fricções comerciais. No ano passado, a União Européia e os Estados Unidos decidiram sucessivamente adotarem restrições às importações de produtos têxteis. Apesar dos desafios e dificuldades, a China promoveu negociações com a UE e os EUA, conforme as regras estipuladas pela OMC. O chefe da delegação da OMC em Beijing, Hao Fuman, avaliou que a China cumpriu rigorosamente as regras da OMC:
"Nos últimos anos, apesar das disputas e das regras desvantajosas, o governo chinês vem cumprindo todas as promessas".
Enquanto isso, a China adotou várias medidas positivas para abrir o mercado. Atualmente, as empresas de telecomunicações e seguros de capital estrangeiro estabeleceram suas sedes na China. Quanto ao setor bancário, os bancos de capital estrangeiro abriram seus negócios em renminbi, moeda chinesa, em 25 cidades chinesas. Os negócios dos bancos de capital estrangeiro na China, por sinal, estão crescendo 30% anualmente. Até o final de 2006, a China abrirá inteiramente o seu mercado bancário, anulará os limites aos bancos de capital estrangeiro nos setores de negócios de renminbi, promoção de serviços financeiros e criação de filiais.
Albert Shiung, vice-presidente da Visa na Ásia-Pacífico, nutre fortes perspectivas sobre o futuro da empresa na China:
"Antes do ingresso da China na OMC, a Visa já operava no mercado chinês, possuindo uma boa base cooperativa com os bancos chineses. Considero que os bancos estrangeiros trarão mais tecnologia e novos conceitos, de forma que o setor bancário chinês se desenvolva rapidamente."
Bo Xilai salientou que a China continuará abrindo o mercado passo a passo, participando do processo de globalização econômica e cumprindo suas promessas.
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