
Apesar dos programas da China e dos outros países para a proteção de antílopes tibetanos, as organizações de proteção de animais selvagens asseguraram que a caça furtiva deste animal parece incessante nas zonas protegidas do planalto Qinghai-Tibete, no oeste da China.
Durante uma conferência internacional em Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste do país, foi anunciado que a Alfândega suíça confiscou um total de 573 xales "shahtoosh" em junho, o que implica uma caça furtiva de entre 1.600 e 2.700 antílopes tibetanos.
Segundo cifra da Associação de Proteção de Animais Selvagens da China, este ano, um dos casos de caça ilegal, ocorridos respectivamente em abril e agosto, mais de 100 antílopes tibetanos foram sacrificados.
"O problema da caça aos antílopes tibetanos ainda é muito grave", afirmou Li Qingwen, subsecretário geral da Associação.
Desde a década dos 90, a crescente demanda de xales "shahtoosh" no mercado ocidental causou uma brusca redução do número de antílopes, animais selvagens que somente habitam a grande altitude. A tragédia chamou a atenção de todo o mundo.

A China criou unidades policiais especializadas na proteção de animais selvagens a mais de 4,000 metros de altitude. Países como Índia, Nepal, o Reino Unido, França, Itália, Espanha e os EUA também tomaram medidas para desmantelar o comércio clandestino de peles de antílopes tibetanos, criando um ambiente que favorece a proteção deste animal em ameaça de extinção.
No entanto, a grande superfície das zonas protegidas de antílopes tibetanos dificulta em grande medida o recenseamento assim como operações contra os caçadores ilegais. As unidades policiais de Qinghai, Xinjiang e Tibete prevêem uma recontagem em 2006.
O antílope tibetano, cujo habitat natural se situa em Qinghai, Xinjiang e Tibete encontra-se em perigo de extinção nos últimos 25 anos e goza da máxima prioridade nos programas de proteção de animais selvagens da China.
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