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(GMT+08:00) 2006-01-10 08:38:19    
Chineses usufruem mais do progresso econômico em 2005

cri
Fazendo um retrospecto sobre a economia chinesa em 2005, observamos que a economia manteve o rápido crescimento apresentado nos anos anteriores. O que se diferencia, no entanto, é a reação da população, urbana e rural, que passou a usufruir mais do progresso econômico.

Yu Tian´gan, agricultor da província do Anhui, Centro da China, cultivou as mesmas áreas ante 2004. Mas, a renda aumentou muito.

"Este ano, o governo da província do Anhui cancelou todos os impostos agrícolas. A isenção tributária por hectare foi cerca de 700 yuans. Tenho cerca de 80 hectares de terras cultivadas isentas de impostos. A minha renda anual aumentou mais de 50 mil yuans".

Igual a Yu Tian´gan, mais de 800 milhões de agricultores foram beneficiados pela decisão do governo chinês. Paralelamente ao constante desenvolvimento do setor industrial e do setor de serviços, os impostos agrícolas representaram uma pequena percentagem no total da arrecadação de impostos e uma contribuição insignificante para os Cofres Nacionais. A isenção de impostos agrícolas não causará influências e implicará no aumento da renda dos agricultores, além de alavancar o consumo da população rural.

A medida tomada pelo governo vem estimulando a iniciativa dos agricultores e deve contribuir, segundo se prevê, para um aumento de mais de 140 milhões de toneladas na produção cerealífera em 2005 e um considerável aumento da renda dos camponeses.

Como a decisão do governo mais satisfatória da população de renda mediana e baixa nas cidades em 2005, as autoridades legislativas decidiram elevar a partir de 2006 a linha de contribuição de impostos de renda de 800 yuans para 1.600 yuans por mês.

Chen Yuexiu, habitante na província do Shanxi, Norte da China, recebe um salário mensal de cerca de 1.700 yuans. Considerou que o reajuste da tabela de impostos de renda representa uma medida para a redução de impostos.

"Pago o financiamento da casa própria com a metade do meu salário e, descontando ainda as despesas de transporte e comunicações, o salário quase acaba. Com a subida da linha de contribuição de impostos de renda, ficaram poupados mais de 80 yuans, pouco, mas é um outro recurso para a família".

Um responsável da Administração Estatal dos Assuntos Tributários da China disse que, com o novo reajuste, o Tesouro Nacional receberá menos 28 bilhões de yuans de contribuição, mas aliviará o peso tributário da população de baixa renda e reduzirá a disparidade entre os ricos e os pobres, de maneira a salvaguardar a equitação e estabilidade social.

Nos primeiros três trimestres de 2005, segundo dados estatísticos, verificou-se um crescimento do poder aquisitivo disponível da população urbana e da renda líquida dos agricultores. Per capitamente, ele é mais alto do que a taxa de crescimento da economia no mesmo período, o que puxou o aumento do consumo no mercado interno.

Fazer compras em supermercado, "privilégio" dos habitantes das cidades, tornou-se costume de Qi Jijun e de seus conterrâneos camponeses que vivem numa aldeia a dezenas de quilômetros do centro urbano. Recentemente, Qi comprou um aparelho de ar condicionado de dupla função num supermercado perto de casa.

"Estamos acostumados a fazer compras em supermercados, onde há todo tipo de mercadorias e bom ambiente. Compramos aqui mercadorias de marcas famosas".

Com a elevação do poder aquisitivo dos camponeses, mais de 70 mil supermercados foram abertos nas zonas rurais.

Segundo dados estatísticos, nos primeiros 10 meses de 2005, as vendas a varejo das mercadorias de consumo em todo o país aumentaram 13% em relação a 2004, 4 pontos percentuais acima do crescimento econômico do mesmo período.

É de notar que o aumento da renda e a melhoria da vida da população em 2005 não se separam do desenvolvimento estável da economia chinesa. Yuan Gangming, pesquisador do Instituto de Economia da Academia de Ciências Sociais, considerou que em 2005 a economia chinesa teve o melhor desempenho nos últimos anos. Ao avaliar a situação econômica deste país, ele disse.

"A economia chinesa apresentou uma boa performance em 2005. As relações entre o crescimento do PIB e o preço das mercadorias têm sido ideais, isto é, o crescimento do PIB se manteve em 9,5% e o índice de preço dos artigos de consumo ficou por volta de 2%".

Segundo Yuan, as altas taxas de expansão econômica costumam provocar altas taxas de inflação, o que aconteceu com a economia chinesa em meados dos anos 90, quando o índice de inflação ultrapassou 10%. Na nova rodada de crescimento econômico desde 2003, o aumento do índice de preço dos artigos de consumo foi ligeiro. Aprendendo as lições anteriores e adotando uma série de medidas de macro-controle, o governo chinês conseguiu controlar a inflação por volta de 2% em 2005 e a população tem sido beneficiado com o crescimento econômico de mais de 9%.

Funcionários encarregados dos assuntos econômicos e especialistas em economia estão cientes dos problemas existentes nas operações de seu setor em 2005, como por exemplo, as tensões no abastecimento de energia e a grave situação da poluição ambiental. Alguns acidentes em minas carboníferas e empresas petroquímicas em fins do ano passado tiveram como seus motivos diretos os problemas no setor econômico causando certas influências negativas para a segurança social e trabalho da população.

Perante os problemas, o vice-primeiro-ministro, Zeng Peiyan, disse em uma reunião, que o governo aposta na eficiência energética e na proteção do meio ambiente como as políticas fundamentais do país.

"Devemos buscar o desenvolvimento econômico total, coordenado e sustentável, acelerar a transformação do modo de crescimento econômico, adotar a economia de recursos como uma política estatal fundamental, otimizar o aproveitamento dos recursos e reduzir até 2010, 20% do consumo energético por unidade da produção do PIB em relação ao do ano 2005".