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(GMT+08:00) 2005-12-21 08:51:14    
Especialistas dizem que África é um "lugar esquecido" para os novos remédios contra Aids

cri

Os especialistas médicos que compareceram a uma conferência internacional em Abuja, capital da Nigéria, afirmaram que os novos medicamentos contra Aids estudados pelos cientistas são muito restringidos para africanos portadores do vírus da Aids, porque algumas empresas farmacêuticas lançaram poucos remédios novos para a África.

Segundo a mídia local informou, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou o novo projeto de tratamento da Aids na 14ª Conferência Internacional sobre a Aids e outras Doenças Venéreas Africanas, realizada em Abuja, entretanto, vários tipos de medicamentos referentes ao projeto não são vistos no Continente Africano.

Em sua declaração a Organização dos Médicos Sem Fronteiras deram dois exemplos: Um exemplo é que o novo medicamento Kaletra, produzido pela empresa norte-americana Aboott, não precisa ser refrigerado e se adapta à região africana ao Sul do Saara, onde faz calor o ano todo e sempre acorre o corte do abastecimento de energia.

Até o momento, a companhia Abbott ainda não divulgou nenhum plano para difundir esse remédio na África. Apesar de a Companhia norte-americana Gilead ter anunciado há dois anos que seu medicamento "Tenofovir" iria ser vendido em noventa e oito países com descontos, até agora o medicamento somente é vendido em seis países em desenvolvimento.

Os representantes da Conferência assinalaram que mesmo que tais medicamentos apareçam nas farmácias africanas, seus caríssimos preços afastam os habitantes locais. Em um fórum, a ex-esposa do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, apontou que algumas empresas farmacêuticas estão "procurando grandes benefícios". Ela conclamou as pessoas a controlarem o desejo sexual, porque este é o método mais barato para resolver o problema da Aids na África.

O subsecretário geral do Programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Aids, Michel Sidibé, também explicou porque o número de africanos contaminados pelo vírus de Aids aumenta anualmente. Por um lado, a tática de prevenção e tratamento dessa doença ainda não desempenhou seu papel e por outro, a aquisição de medicamentos na África ainda é muito baixa. Ele sugeriu que partindo do "status quo" da África, a OMS deve reconsiderar a tática de prevenção e tratamento de Aids, a fim de elaborar uma solução "criativa".

O Sul do Saara é a região mais afetada pela Aids. Sua população local ocupa apenas um décimo do mundo, mas cerca de vinte e seis milhões de habitantes estão doentes e são portadores do vírus dessa doença, cifra esta que ocupa 60% em todo o mundo. Cerca de quinhentos mil residentes locais estão recebendo o tratamento.

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