O novo Museu de Capital, situado ao lado sudoeste da famosa Rua da Paz Celestial de Beijing foi inaugurado na sexta-feira passada (16). Como este ainda está na fase experimental, para visitá-lo tem que fazer reserva com antecedência.
Sendo a capital imperial das cinco dinastias, Beijing é o reduto dos patrimônios culturais e obras preciosas de grande valor artístico e histórico. Devido ao espaço limitado, o antigo museu de capital não podia exibir muito. Porém, na sua nova sede, podemos visualizar 5.622 peças escolhidas entre o acervo de duzentas mil obras e 80% das obras exibidas estão abertas ao público pela primeira vez.
Segundo o diretor do Museu de Capital, Guo Xiaoling, as peças exibidas serão substituídas periodicamente a pedido dos visitantes.
Durante a visitação, merece atenção especial uma trípode de bronze, que foi descoberta no túmulo número 1193, no distrito de Fangshan, subúrbio de Beijing. As inscrições gravadas dentro do recipiente correspondem exatamente aos registros históricos, testemunhando que Beijing é a cidade surgida mais cedo na História com mais de três mil anos de idade.
Demora cinqüenta horas para ver tudo
O museu dispõe de três exibições ao total, mostrando ao público em todos os aspectos a história da cidade de Beijing, sua arquitetura, hábitos e costumes. Podem ainda apreciar as peças raras que nunca foram exibidas no antigo museu, tais como caligrafias, pinturas, imagem de budas, porcelanas, jades, tinteiro, pincel e etc.
Segundo apresentação do diretor da Administração de Patrimônios culturais de Beijing, Mei Ninghua, o novo Museu tem uma extensão de 3,5 quilômetros. Se for acompanhado por guia, levam pelo menos de quarenta a cinqüenta horas para dar uma olhada em todas as coisas.
A nova sede do Museu é divida em três áreas de acordo com suas funções: área de visitação, área de administração interna e área de funções.
O depósito de acervos ocupa uma área de dez mil metros quadrados. Lá foram guardadas cerca de duzentos e cinqüenta mil peças. Para proteger os tesouros nacionais, foram tomadas dez medidas, citando como exemplo, prevenção contra incêndio, água, terremoto, roubo, umidade, secura, poluição, luz e trovão, garantindo a segurança das obras preciosas. O salão principal do Museu mede mais de dois mil metros quadrados e trinta e quatro metros de altura. Será o lugar ideal para realização das grandes cerimônias e atividades culturais. Entretanto, o salão de exibição temporário proporciona uma plataforma para intercâmbios artísticos e culturais.
Segundo o porta-voz e ex-diretor do Museu, Han Yong, neste momento, sua entidade está pretendendo cooperar com o British Museum (Museu da Grã-Bretanha, um dos maiores museus do mundo) para uma exposição de obras artísticas prevista em fevereiro do ano que vem em homenagem ao 250ª aniversário do Museu da Grã-Bretanha. Será a primeira vez que a exposição se realizará na China.
Ao mesmo tempo, o Museu ainda vai criar um laboratório de recuperação das relíquias culturais. Atualmente, um investimento de vinte e cinco milhões de yuans já foi liberado por este em prol da compra dos equipamentos concernentes. Segundo se informou, o laboratório será estabelecido dentro da metade do ano. Após sua construção, servirá também como centro de proteção, recuperação e investigação dos patrimônios culturais da China.
Outra atração do novo Museu é a miniatura de Hutong (beco típico da Beijing). Lá, pode-se sentir a tradicional cultura de Beiijng, as sófora-do-japão, os pátios quadrados, e os portões vão levar você a mergulhar no ambiente da antiga Beijing. O Museu ainda instalou um palco de ópera, a fim de mostrar as maquiagens, trajes bem como rotas empregadas na ópera de Beijing. Assim os fanáticos da ópera de Beijing podem se reunir aqui para apresentar ou apreciar os teatros de vez em quando.
Uma das medidas para proteção ambiental é o aproveitamento da energia solar e em função disso, foi colocado no teto do novo prédio do Museu uma placa elétrica, sendo esta uma das mais avançadas tecnologias usadas no mundo. O Museu também possui um elevador com capacidade de dez toneladas para transportar os patrimônios culturais. "No futuro, o novo Museu de Capital deve ser o lugar em que os habitantes preferem e adoram. Ele vai integrar na vida de cada residente", afirmou Hang Yong.
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