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(GMT+08:00) 2005-12-14 08:46:12    
G20 pede acordo agrícola na OMC até abril

cri

Um acordo para cortar as tarifas de importação de produtos agrícolas das nações ricas deve ser acertado até abril de 2006, se um pacto global para quebrar barreiras comerciais for concluído em tempo, disse nesta terça-feira o G20, grupo liderado pelo Brasil.

O grupo ainda pediu aos ministros que participaram do encontro da OMC em Hong Kong que promovem uma "imediata paralisação" no uso de subsídios à exportação de produtos agrícolas e uma data para a sua eliminação.

Mas grupos de produtores dos EUA disseram que um progresso rumo à abertura de mercados agrícolas só poderia ser alcançado se a Europa e o Brasil parassem de "fazer pose" e conversassem um com o outro de maneira adequada, aumentando suas negociações.

"A União Européia deve assumir maiores compromissos na agricultura. Mas nós não temos visto muito do que o Brasil e a Índia têm a oferecer," disse Tom Camerlo, presidente do Conselho de Exportações de Lácteos dos EUA.

"Logo, hoje ou amanhã, esses países (do G20) precisarão apresentar uma idéia de como eles vão lidar com as coisas fora da agricultura," ele acrescentou.

Os principais negociadores comerciais de 150 países estão se encontrando nesta semana em uma tentativa de reanimar as paralisadas negociações comerciais, mas já diminuíram suas expectativas com relação ao encontro.

As discussões sobre como diminuir as barreiras comerciais nas áreas agrícola, de serviço e industrial caíram por terra com a disputa entre países pobres e ricos sobre quem deve fazer as primeiras concessões.

A UE em particular enfrenta intensa pressão para oferecer cortes maiores em suas tarifas agrícolas, mas diz que não pode fazer isso até que Brasil e Índia apresentem propostas para abrir seus mercados para serviços e bens manufaturados.

Enquanto isso, o grupo G33 --que representa 45 países em desenvolvimento, incluindo Índia e China, mas não o Brasil -- disse ainda que espera que os países ricos protejam seus produtores dos efeitos da liberalização comercial permitindo que sejam designadas pelo menos 20 por cento de linhas de tarifa para uma possível proteção.

"Nós não podemos avançar em outras áreas de negociação até que nossas preocupações de desenvolvimento sejam atendidas", disse a ministra do Comércio da Indonésia, Mari Elka Pangestu.

CRITICISMO

A comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, disse esperar que o encontro desta semana possa ser a base para um acordo no primeiro semestre de 2006 e acrescentou que achava as críticas à proposta de Bruxelas "enfadonhas e decepcionantes".

A UE tem sido criticada em particular por sua proposta de isentar 8 por cento de suas tarifas agrícolas de cortes profundos, apesar de afirmar que isso poderia ser flexível.

"Nosso objetivo é entrar em um diálogo com nossos parceiros comerciais afim de dar-lhes algumas explicações e alguma assistência em produtos sensíveis", disse o representante comercial da UE, Peter Mandelson.

Produtores norte-americanos alertaram os negociadores dos EUA para não terem o foco desviado para questões como isenção de tarifas para países pobres, que Bruxelas disse estar no centro da agenda. Eles aconselharam, em vez disso, a colocar na mira a eliminar as diferenças sobre como promover cortes nas tarifas de importação de produtos agrícolas.

"Há tantas propostas na mesa e demandas opostas. Alcançar uma decisão em uma sem resolver as outras não é a maneira que nós gostaríamos de ver nossos negociadores agrícolas proceder desta vez", disse Patrick Boyle, presidente do Instituto Americano de Carnes (AMI).

Os Estados Unidos se ofereceram para cortar seus subsídios agrícolas internos em até 60 por cento e eliminar subsídios à exportação se a UE oferecesse em troca um plano "ambicioso" de corte de tarifas de importação.

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