O Nono Fórum Anual da CEO, co-organizado pela Business Week dos Estados Unidos e a Confederação das Empresas da China foi realizado nos dias 15 e 16 do mês passado em Beijing. Durante estes dois dias as personalidades políticas e os executivos das empresas mundialmente famosas de diversos países se reuniram nesta capital, abordando uma série de problemas de interesse comum, tais como as reformas de empresas no contexto da globalização, a criação de uma cultura multinacional e a responsabilidades social das empresas, etc.
Desde a primeira edição realizada em 1993, em Bangcoc - Tailândia, o Fórum Anual da CEO focaliza principalmente a economia asiática como uma plataforma importante para os investidores tanto da Ásia como do Ocidente.
O Nono Fórum Anual da CEO, intitulado de Globalização: Reinventando o Hoje, Criando o Amanhã, atraiu mais de 500 empresários, tais como chefes do Grupo Morgan, dos Estados Unidos, da Nortel Network do Canadá e da empresa Lenovo da China, entre outros. Dentre os políticos, se destacaram o presidente do Timor-Leste, Xanana Gusmão, o ministro da Informação e Comunicação da Coréia do Sul, Chin Daeje, e o ex-presidente dos Estados Unidos, George Bush, etc.
O membro do Comitê Permanente da Assembléia Popular Nacional da China, Sheng Huaren proferiu um discurso na cerimônia de abertura, apresentando a estratégia de desenvolvimento econômico chinês:
"Desde a aplicação da política de reforma e abertura ao exterior, os chineses persistem com a teoria de Deng Xiaoping e o importante pensamento de tríplice representatividade, a fim de promover a reforma econômica e o desenvolvimento da produtividade social. Tudo isso fez com que a construção moderna obtivesse êxitos visíveis. Nos últimos 27 anos, a economia chinesa foi elevada com a velocidade de 9,4%, possuindo um gigante mercado com o valor de US$650 bilhões. Entretanto, devemos reconhecer a realidade, ou seja, a China é o maior país em desenvolvimento em todo o mundo e está enfrentando vários desafios".
Ao falar sobre as cooperações econômicas internacionais da China, ele disse:
"Todos os países devem dedicar atenção aos êxitos obtidos pela China na reforma e abertura ao exterior. Atualmente, alguns países já reconheceram a posição econômica do mercado da China. Conclamamos outros países a eliminarem os obstáculos e esperamos que os países concernentes relaxem o limite de importação para a China. Além disso, devemos acelerar a coordenação da política econômica entre todos os países, a fim de defender os riscos financeiros e salvaguardar a segurança econômica".
No contexto da globalização, surgem cada vez mais as companhias transnacionais. Para elas, a diferença cultural constitui a maior barreira, e sobre isso, o presidente da empresa Lenovo da China, que comprou no ano passado os serviços de PC da IBM, Yang Yuanqing assim declarou:
"Ao falar sobre a cultura, não me importo muito se ela é oriental ou ocidental. Para uma empresa o mais importante é criar uma cultura de vencer. Para concretizar esta cultura, a empresa tem que estabelecer em primeiro lugar seu princípio básico, que é honestidade, espírito empresarial, etc".
Yang referiu-se especialmente ao fenômeno de comportamentos diferentes de seus empregados.
"Por exemplo, os americanos costumam falar em primeiro lugar, para depois realizarem e os chineses, por outro lado, sempre pensam bem antes de começarem a falar. Para resolver este problema, agora a empresa sempre distribui os temas de discussão para os empregados antes das reuniões, fazendo com que eles possam preparar bem para dar suas próprias opiniões".
No Fórum muitas personalidades políticas avaliaram altamente o papel desempenhado pela China no desenvolvimento econômico e o ex-primeiro-ministro da Malásia, Mahathir, ressaltou que o desenvolvimento econômico da China faz ele sentir segurança, porque a China pode tornar-se um equilíbrio para os "super países" do mundo. Ao avaliar a performance da China após o ingresso na Organização Mundial do Comércio, o ex diretor-geral da OMC, Mike Moore, acredita que a China pode liderar o mundo em alguns aspectos.
No final do Fórum realizou-se também uma cerimônia de premiação das "Estrelas da Ásia". O ex-presidente dos Estados Unidos, George Bush, proferiu um discurso e premiou os ganhadores. Entre eles, se destacaram Yin Yimin, presidente da Corporação ZTE da China, Wang Xiaoshua, diretor de filmes chineses, Chung Kook-Hyun, vice-presidente da companhia Samsung Electronics, da Coréia do Sul e Ali Raza, presidente do Banco Nacional do Paquistão, entre os outros.
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