A ministra brasileira do Meio Ambiente Marina Silva, anunciou dia primeiro de Dezembro os detentores do prémio Chico Mendes pela conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável.

A ministra outorgou uma bolsa de 20 mil reais (uns nove mil dólares) aos ganhadores em categorias Líder Individual, Associação Comunitaria, Organização Não Governamental (ONG), Negócios sustentáveis, Ciência e Tecnologia e Arte e Cultura.

Silva destacou que o número cada vez maior de participantes de diferentes categorias na presente edição, a qual conseguiu reunir 68 postulantes, contra 53 em 2002.

A ministra brasileira disse que a entrega deste reconhecimento é uma "oportunidade para reconhecer e dar publicidade a ações para a preservação da Amazonia, o desenvolvimento sustentável e a valorização das comunidades locais."

Na categoria Líder Individual, a representante do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Ribeirinhas de Amazonas, Adenilza Mesquita Vieira, recebeu o prémio por sua luta pelas melhores condições de vida do grupo.

A Associação de Riozinho do Anfrisio ganhou na categoria Comunitária, por sua defesa histórica da Amazonia em uma das regiões de maiores conflitos agrários e ambientalistas, o município de Altamira, no Estado do Pará.

A ONG Fundação Vitoria Amazônica, de Manaus, foi elogiada por seu trabalho na conservação ambiental aliada à melhora da qualidade de vida dos habitantes da região por uso sustentável da bio diversidade e o respeito às culturas e à diversidade étnica regional.

Em negócios sustentáveis foi eleita a Cooperativa de Agricultores Ecológicos de Portal da Amazônia, formada por agricultores familiares e agro extrativistas.

Na categoria de Ciência e Tecnologia, foi premiado Luciano Carlos Tavares Marques, do Pará, por seu trabalho em gestão de recursos naturais.

O cantor e docente de música, Marlui Miranda, recebeu o prémio da categoria de Arte e Cultura por seu trabalho de difusão da música de origem amazônica.

O prémio Chico Mendes, em homenagem ao ambientalista que tinha sido assassinado por fazendeiros em Dezembro de 1988, foi instalado pelo Ministro do Meio Ambiente em 2002, como estímulo às iniciativas de desenvolvimento sustentável.

Nos quatro primeiros anos, o prémio tem reconhecido os trabalhos de preservação de grupos como a Associação de Seringueiros de Carumbá, a Comissão Pró Índio de Acre e o Movimento Interestatal de Quebradores de Coco.