Segundo a Agência de Notícias Xinhua informou do Rio de Janeiro, o presidente do principal banco de desenvolvimento do Brasil, Guido Mantega, pediu hoje a desvalorização da moeda brasileira, o real, diante do dólar, antes que seja tarde para reverter a situação dsem danos para a economia.
"Os resultados de um câmbio inadequado serão vistos mais adiante, quando talvez seja tarde para buscar uma reversão do quadro", advertiu o titular do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As declarações de Mantega somam-se às críticas de outros funcionários à política econômica do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, em meio às exigências dos exportadores pela desvalorização do "sobrevalorizado" real.
Na última sexta-feira, o dólar desvalorizou-se 0,45% diante da moeda brasileira e fechou em 2,233 reais a venda, ainda que o Banco Central tenha comprado mais uma vez dólares no mercado para apoiar a moeda norte-americana, a qual terminou a semana com um ligeiro aumento de 0,18%.
Mantega, economista por formação, disse no XXV Encontro Nacional de Exportadores (Enaex) que a valorização do real é causada pela elevada taxa básica de juros mantida pelo Banco Central, ainda assinalou que o próprio êxito das exportações aumenta o valor da moeda brasileira.
Contudo, considerou que "em seus níveis atuais, o cambio desestimulará um maior esforço exportador".
"As elevadas taxas de juros são uma das principais causas da valorização do real", afirmou o economista e acrescentou que esta circusntância é agravada pela abundância de dólares no mercado devido às exportações e aos altos saldos positivos da balança comercial.
O presidente do maior banco estatal de fomento afirmou que a China constitui um exemplo de gestão adequada da política cambiária, e recordou que este país não vacilou em desvalorizar sua moeda para melhorar a competitividade de suas explortações.
Enquanto as taxas de câmbio permacerem tão elevadas a ponto de fazerem os investimentos em títulos do Brasil mais convenientes que os feitos em dólares, será muito difícil desvalorizar o real e estimular as exportações, alertou Mantega.
Segundo analistas, o mercado financeiro recebeu com ceticismo a recente decisão do Banco Central de reduzir em apenas meio ponto percentual a taxa básica de juros, de 19% para 18,5% anual.Fim
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