Em comparação com os importantes pavilhões e os amplos pátios da Corte Externa, as mansões das Corte Interna são modestas. A disposição dos edifícios é mais compacta, a arquitetura mais delicada e a decoração interior mais luxuosa, pois aqui o imperador vivia o seu dia a dia.

As principais construções das Corte Interna compreendem a Mansão Qianqing, a Mansão Jiaotai e a Mansão Kunning. Nos lados da Corte Interna, encontram-se as seis mansões do leste e as seis do oeste, onde viviam os familiares e as concubinas.

A mansão principal da Corte Interna é a Qianqing, equivalente ao Pavilhão Taihe, da Corte Externa. No início das dinastias Ming e Qing, os imperadores viviam na Mansão Qianqing, onde também despachavam os assuntos diários e examinavam os relatórios. Posteriormente, os imperadores passaram a viver na Mansão Yangxin (Sustento do Espírito), e, na Mansão Qianqing celebravam as cerimônias da Corte Interna e davam audiências aos altos funcionários e aos enviados diplomáticos estrangeiros. A decoração do interior desta mansão é luxuosa. No centro estão o trono, o biombo e outros acessórios. De ambos os lados do trono, anteparos sobre estrados de madeira. Em cima, na parte central da Mansão, o dístico "Justo e Perfeito".

A Mansão Jiaotai, situada entre as mansões Qianqing e Kunning, era o salão de cerimônia da Corte Interna. Durante a dinastia Ming, era o salão de cerimônia da Corte Interna. Durante a dinastia Ming, era o dormitório da imperatriz. Na dinastia Qing, aqui era guardado o selo de jade do imperador. Além disso, anualmente, sediava a festa de aniversário das imperatrizes.

Na Mansão Kunning, situada atrás da Jiaotai, viviam as imperatrizes da dinastia Ming. Durante a dinastia Qing, transformou-se em altar de culto ao deus do lar. O salão do leste era a câmara nupcial do imperador. Havia uma cama com entalhes de dragões e fênix, jóias e outros adornos de ouro e prata.

As seis mansões do leste e as seis do oeste são contíguas às três edificações principais da Corte Interna. Cada uma tem vários cômodos, onde residiam as concubinas. Hoje, os artesanatos, de cerâmica, de porcelana e de valiosas obras de arte das duas últimas dinastias. Junto às seis mansões do leste, localizam-se o templo dos ancestrais da família imperial, o mural dos nove dragões e outras construções. Entre estas, cabe mencionar o "Poço da concubina Zhen", situado atrás da Porta Zhenshun. Zhen era a concubina favorita do Imperador Guangxu, da dinastia Qing. Era uma mulher de rara beleza, virtudes e habilidades, inclusive para escrever e pintar. Depois que passou a viver no Palácio, a imperatriz-regente Ci Xi (que exercia grande poder) simpatizou-se com ela, a princípio. Porém, à medida que observava que a concubina Zhen apoiava as ideias reformistas do imperador Guang Xu, Ci Xi antipatizou-se com ela. Em 1990, quando da invasão de Beijing pelas tropas das oito potências aliadas, Ci Xi, ao fugir para Xi´an, ordenou a um eunuco do Palácio que a atirasse no poço, onde morreu afogada. Desde então, este poço é conhecido pelo nome da concubina Zhen.

As seis mansões do oeste situam-se ao redor da Mansão Yangxin e também são luxuosas. Entre elas temos a Mansão Chuxiu, residência de Ci Xi. O Pavilhão Lihe era o seu refeitório. Quando Ci Xi comemorou seus 50 anos, as mansões Chuxiu e Yikun passaram por dispendiosa reformas.